“Nenhum crédito me é devido por descobrir a existência das classes na sociedade moderna ou a luta entre elas. Muito antes de mim, historiadores burgueses descreveram o desenvolvimento histórico da luta de classes e economistas burgueses, a anatomia econômica destas classes. O que fiz foi provar que: 1) A existência das classes está ligada a uma fase histórica em particular no desenvolvimento da produção, 2) que luta de classes leva inevitavelmente à ditadura do proletariado, 3) que essa ditadura constitui a única transição para a abolição de todas as classes e para uma sociedade sem classes. “ Assim falou Karl Marx sobre seu legado histórico.
Este pequeno ensaio nada faz senão prestar uma homenagem ao maior pensador da era contemporânea e mostrar como suas descobertas são combatidas, falsificadas e difamadas com enormes esforços dos grandes capitalistas.
Karl Marx era, antes de tudo, um revolucionário. Na sua visão, a imensa obra teórica que escreveu era apenas uma ferramenta na luta do proletariado pela revolução, pela ditadura do proletariado e pelo comunismo. Hoje, em universidades mundo afora, busca-se separar o Marx revolucionário da teoria econômica de Marx, da filosofia por ele apresentada e defendida.
O marxismo é combatido hoje em todos terrenos, até mesmo pelos pretensos marxistas. O marxismo, como viria a ser chamada sua teoria, é uma escola de pensamento integral, que abarca cultura, política, história, filosofia e até uma visão particular sobre as ciências naturais. Para Marx, o estudo da história, isto é, da sociedade humana, deveria ser encarado como uma ciência, isto é, como uma verdade concreta a ser descoberta. A lei da história, portanto, encontraria seu par na lei da gravitação universal ou nas leis que governam a matéria.
A ideia de que a ciência social deveria ser ciência e não mera opinião ou ponto de vista é duramente cassada hoje na nossa sociedade, onde tudo seria relativo. Para esconder o fato objetivo de que o capitalismo é o inferno na Terra, os acadêmicos burgueses buscam dizer que não existe Terra, existe apenas a sua percepção dela.
A obra que inaugurou o marxismo para o mundo, o Manifesto do Partido Comunista, apresentava claramente a que vieram:
“Os Comunistas se recusam a esconder suas visões e objetivos. Eles abertamente declaram que seus objetivos apenas podem ser conseguidos pela derruba à força de todas as condições sociais existentes”. A vida toda de Marx seria dedicada a explicar o mecanismo pelo qual se dará esta revolução, tendo sua obra máxima, O Capital, sido elaborada para este fim.