A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, presidida pelo senador Plínio Valério (PSDB – AM) e tendo o senador Marcio Bittar (União Brasil – AC) como relator, convocou o presidente do IBGE, Márcio Pochman para depor sobre o aumento verificado pelo censo do IBGE de 2022, no qual se constatou que a população de índios quase que dobrou desde o censo de 2010, quando se contabilizaram quase 896,9 mil índios, e que agora, no censo de 2022, passaram a ser quase 1,69 milhões. Devido a compromisso no exterior, Pochman se ausentou, mas enviou ao senado Flavia Vinhae Santos, diretora-executiva do IBGE, e Marta de Oliveira Antunes, tecnologista do IBGE, que responderam aos questionamentos dos senadores.
A explicação das funcionárias do IBGE foi de que houve múltiplas razões para o aumento da população de índios do Brasil, considerado exagerado e desproporcional pelos senadores. O aumento demográfico acima da média brasileira, novas tecnologias de mapeamento que permitiram alcançar locais antes inacessíveis ou desconhecidos e a polêmica mudança na metodologia das perguntas dos mais de 180 mil recenseadores que participaram do censo 2022, explicariam o aumento da população de índios.
No censo de 2022 o IBGE adotou a metodologia de perguntar ao entrevistado que se considerava pardo (na classificação de negro, branco ou pardo) se se considerava índio e em caso afirmativo, de qual etnia, se falava o idioma e outras questões do tipo.
O presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB – AM) sugeriu que haveria um movimento coordenado e induzido pelas ONGS, dentro do IBGE, para ampliar a população de índios. O objetivo seria colocar mais terras para serem demarcadas como território de índios. Estas terras seriam mais facilmente “reservadas” para os interesses estrangeiros, em detrimento das populações mestiças, ribeirinhos, pequenos agricultores, etc., que já ocupam territórios considerados terras de índios.
O senador Plínio exibiu, durante a sessão da CPI, dois vídeos que apresentavam a brutal repressão da polícia ambiental contra garimpeiros e o desastre ambiental que provocava a destruição das balsas e equipamentos desses pequenos garimpeiros. Outro vídeo tratava das reclamações de uma senhora presidente do movimento dos Mestiços da Amazônia.
Ninguém mais pode duvidar que boa parte das ONGs atuando na Amazônia e recebendo fundos milionários do exterior, representam interesses que não são os do povo brasileiro e da soberania nacional, mas sim os interesses de nações estrangeiras cobiçosas das riquezas minerais e biológicas abundantes na região amazônica. A disputa pelo território e suas riquezas é o grande indicador e orientador para tentar entender a celeuma.