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Um roubo sem igual

“Cortinho” do Copom garante aos bancos ganhos maiores que em 2022

Redução de 0,25% ou mesmo 0,5% mantém ganhos reais astronômicos aos bancos, superiores aos obtidos no governo Bolsonaro

Campos Neto

Nesta terça (dia 1º) e quarta-feira, reúne-se  Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) para definir a taxa de juros (Selic), em 13,75% desde 3 de agosto de 2022 e atualmente, a maior taxa real do mundo (calculado com o desconto da inflação oficial, de 3,16%). Não há qualquer expectativa de mudança significativa no roubo atual, que garante aos banqueiros cerca de R$2,5 trilhões do orçamento federal por ano, o equivalente a cerca de 45% do que é arrecadado em impostos do povo trabalhador.

A expectativa do mercado financeiro é que o corte seja de 0,25%; os “mais otimistas” projetam um corte de meio por cento. A ausência de uma uma luta real contra essa gigantesca expropriação, fez com que até mesmo membros do governo, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende-se uma redução de apenas 0,5% da taxa. A imprensa capitalista e os “otimistas” do governo que não falam a verdade para a população, vão procurar apresentar o o possível resultado (uma queda minúscula) como uma maravilha, mas isso está longe de corresponder à realidade.

Como mostra o gráfico abaixo, em pouco mais de dois anos, as taxas saltaram de 2,75%, para 13,75%. No momento em que a absurda taxa atual foi estabelecida, em pleno governo Bolsonaro, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) era de 8,73%. Isso significa que o ganho real (oficial) – acima da inflação – dos bancos era da ordem 5%.

No mês passado, o IBGE (instituo Brasileiro de Geografia e Estatística)  apontou que o IPCA acumulado para 12 meses era da ordem de 3,16%. Com a taxa mantida em 13,75%, os ganhos atuais são de de mais de 10,5%. Ou seja, aumentam em mais de 100%. Se a taxa for reduzida para 13,5%, o ganho real dos bancos continua em mais de 10%, mais do que o dobro do que se ganhou no auge da taxa no governo Bolsonaro.

Ainda não: Copom mantém a Selic em 13,75% ao ano, resistindo às pressões  externas — e não sinaliza corte já na próxima reunião - Seu Dinheiro

Isso é garantido pelo fato de que o governo Lula não tem qualquer controle do Banco Central, graças à criminosa politica de autonomia do órgão, aprovada no governo golpista de Bolsonaro com o voto de toda a direita, inclusive os setores que hoje integram o governo Lula como verdadeiros cavalos de Troia, para sabotar qualquer ação real do governo em benefício do povo trabalhador.

Já ficou mais do que claro que verdadeiros gangsteres controlam o BC, tendo à frente o bolsonarista Campos Netto, e não vão alterar de forma significativa essa política.

Isso tampouco pode ser mudado por meio de discursos no Congresso Nacional reacionário e súplicas junto às instituições golpistas.

A correta proposta da CUT e de outros setores de realizarem uma mobilização efetiva a favor do corte (de verdade) dos juros e por fora Campos Neto, foi paralisada pela politica de derrotas de lobbies no Congresso, com a ilusão de que o Senado Federal, dominado pela direita (serviçal dos interesses dos banqueiros), vai impor um controle sobre essa roubalheira.

Quem paga a conta e sofre pesadamente com as consequências dessa expropriação é o povo trabalhador, para quem faltam recursos públicos para atender suas necessidade, amargam o desemprego etc. Ainda devido à criminosa política de juros, mais de 78% das famílias brasileiras estão endividadas.

É preciso romper com a politica de esperar pelas iniciativas das instituições dominadas ou contidas pela direita e passar a uma mobilização real dos trabalhadores e de suas organizações de luta.

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