Com a política de acompanhar as manobras da direita, primeiramente em derrubar o governo legitimamente eleito da ex-presidenta, Dilma Rousseff, no golpe de Estado de 2016 através da palavra de ordem “Fora Todos” e consequentemente, por tabela, fazer campanha para a farsa das eleições de 2018 que elegeu Bolsonaro presidente da República, a CSP-Conlutas/PSTU, mais uma vez, faz campanha e fazendo coro com a direita golpista, contra o governo Lula, eleito com o voto da classe trabalhadora na qual essa “Central” microscópica tenta se justificar que representa.
Com a palavra de ordem de que o “Congresso da CSP-Conlutas votará plano de lutas contra as políticas de Lula”, congresso esse que se realizará entre os dias 7 e 10 de setembro, defendem a discussão e aprovação de “um plano de lutas, que se enfrentará com as políticas neoliberais do governo Lula, a exemplo do teto de gastos, arcabouço fiscal e o Marco Temporal, que ataca profundamente os povos originários e o meio ambiente” (Site PSTU 23/08/2023) conforme declaração do membro da secretaria executiva nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.
A CSP-Conlutas/PSTU faz um enorme esforço para tentar apresentar sua política como sendo de “oposição”, mas na realidade faz coro, mais uma vez, com a direita golpista no sentido da campanha contra o governo do PT como se vê, por exemplo, através da imprensa golpista com matérias sistemáticas contra as medidas de Lula em relação a sua política externa, Banco Central, a volta do imposto sindical no sentido de fortalecimento das entidades sindicais, etc.
Uma característica da esquerda centrista consiste na completa incapacidade de avaliação do processo da luta de classe. Isto se dá em função do fato de que não compreendem que a força de uma política está na sua capacidade de expressar os interesses reais das classes fundamentais da sociedade, o proletariado e a burguesia, e não nas manobras “inteligentes”de ocasião para conseguir uma vantagem aqui e outra acolá.
No segundo turno das eleições a CSP-Conlutas chamou os trabalhadores a depositar um voto crítico em Lula. Com a chegada do PT ao poder, no entanto, a direção da CSP, “perdeu a cabeça”e modificou de maneira radical a sua avaliação do “novo” governo e caracteriza Lula como um traidor quando executa uma política neoliberal. Para os representantes do centrismo, como a CSP-Conlutas/PSTU, a política de características revolucionárias consiste, acima de tudo, em cultivar um discurso pretensamente revolucionário combinado com uma política de completa adaptação com a direita golpista. A esta política de servilismo dão o nome de “realismo “revolucionário e o “realismo” consiste em ter inventado uma política revolucionária sem o custo de travar a luta de classes, o que permite inclusive ser o mascote de estimação da direita ao mesmo tempo em que ostentam uma aparência terrivelmente “revolucionária”.
Não há dúvida de que estamos diante de um caso de desespero político. Os que acreditam que Lula e o PT estão a serviço dos países imperialistas, se vêem agora, repetindo os mesmo erros do passado, realizando o serviço da direita golpista e, pior, terão que se adaptar ainda mais à política burguesa e pró imperialista para não perder o “espaço conquistado”