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Para combater a direita

Como mobilizar para conquistar as reivindicações do povo

É preciso unificar os trabalhadores em torno de uma política concreta

Em artigo publicado no sítio da Revista Fórum, no último dia 13 de março, chamado “Lula deve governar ‘a frio’ ou ‘a quente’?”, Valério Arcary, membro do PSOL, tenta dar alguns conselhos para o governo Lula e a esquerda em geral.

Grosso modo, a tese central do artigo não está errada. A conclusão de que “O governo Lula vai precisar de mobilização social” é correta. De fato, Lula precisa se apoiar nas massas se quiser levar adiante uma política minimamente popular, até mesmo moderada.

Falta a Arcary, no entanto, uma avaliação da situação, o que o impede uma análise de onde deveria surgir essa mobilização. Em determinado momento do artigo, Arcary afirma que: “O desafio mais complexo é encontrar o caminho para uma reunificação da classe trabalhadora. Saímos do processo eleitoral com uma imensa parcela daqueles que vivem do trabalho divididos. A maioria dos assalariados que ganham até dois salários mínimos, das mulheres e LGBT’s, dos jovens e nordestinos votaram em Lula. Mas a extrema-direita teve a maioria dos votos dos que ganham além de dois salários mínimos, do voto masculino, e do sul e sudeste. Esta divisão é uma tragédia. Sem a sua superação não é possível alcançar um patamar mais elevado de disposição de luta.”

Não há dúvida que a unificação da classe trabalhadora é uma tarefa essencial. A questão é como fazer essa unificação e para isso é preciso entender porque essa parte importante dos trabalhadores acabaram votando em Bolsonaro. O artigo de Arcary não compreende o problema, por isso não dá uma solução.

O problema essencial dessa divisão é que uma parte do povo viu em Bolsonaro uma solução para problemas reais. O discurso bolsonarista convenceu esse setor da população que foi realmente afetado pela crise econômica. Essa crise foi gerada pelos golpistas, que colocaram a culpa nos governos do PT. O bolsonarismo navegou nessa onda.

A esquerda precisa mostrar para esses setores que a política de Bolsonaro é, na verdade, sua inimiga. Mais ainda, é preciso uma política concreta que resolva os problemas desses setores.

A esquerda adota uma política errada. Em vez de buscar essa unificação por meio de uma política concreta, aprofunda a divisão. É o que acontece, por exemplo, com a ideia muito difundida de que o Sul e o Sudeste são reacionários e o Nordeste progressista.

Bolsonaro perdeu a eleição com uma margem muito pequena de votos. Lula precisa governar levando isso em consideração, atacar os bolsonaristas, como faz a esquerda pequeno-burguesa, de “gado” é aprofundar essa divisão.

Não se trata aqui de ser conivente com a política reacionária de Bolsonaro, mas de ter uma política econômica e social concreta, que atenda às necessidades dos trabalhadores, tanto os mais pobres quanto os que ganham mais de dois salários. Sem o apoio desse último setor, a situação de Lula fica complicada.

A burguesia imperialista não apoia Lula e vai usar esses setores contra o governo quando tiver a oportunidade. Um golpe é, sim, um risco, não devido a Bolsonaro, mas pelos golpistas de sempre, os mesmo que derrubaram Dilma.

A tarefa central é ter uma política que unifique os trabalhadores. Da parte do governo, isso deve se dar via políticas concretas, que digam respeito aos interesses do povo. Da parte da esquerda, é preciso chamar o povo às ruas para mobilizar a exigir que as reivindicações do povo sejam colocadas em prática.

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