De acordo com site de notícias, Reuters, o governo Biden exigiu que os donos chineses do TikTok alienem suas participações no popular aplicativo de vídeo ou enfrentem uma possível proibição dos Estados Unidos. Resumindo, a ameaça é literalmente uma tentativa de censura. O TikTok, de propriedade da ByteDance, tem mais de 100 milhões de usuários nos EUA.
O governo norte-americano alega que tal medida seria para proteger os dados da população estadunidense, e alega haver temores de que os dados de usuários do TikTok nos EUA possam ser repassados ao governo da China. Durante o governo anterior, de Donald Trump, a proibição também foi cogitada e inclusive levada aos tribunais, porém foi bloqueado.
A porta-voz do TikTok, Brooke Oberwetter, disse à Reuters que a empresa ouviu recentemente o Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), liderado pelo Tesouro dos EUA, que exigiu que os proprietários chineses do aplicativo vendessem suas ações e disse que, caso contrário, eles enfrentariam um possível banimento do aplicativo de vídeo nos EUA.
A fala da porta-voz do aplicativo deixa claro que o interesse do governo americano é financeiro, e a ameaça de censura é por conta da dificuldade de controlar a rede que a cada dia ganha mais e mais seguidores. Outras plataformas, como Facebook, YouTube, Instagram, Twitter e outras ligadas ao imperialismo, são de fácil controle e manipulação dos EUA, já o TikTok, por ser chinês, é mais difícil ou até mesmo impossível replicar, ou banir conteúdos que sejam contrários aos interesses do imperialismo.
O que chama a atenção é os Estados Unidos se declaram e são considerados a maior democracia do mundo. No entanto, a abordagem sobre o aplicativo mostra que a realidade é bem outra, se trata, clara e simplesmente, de uma ditadura escancarada. A “terra da liberdade”, além de demagogia, é pura hipocrisia, acusam outros países de serem ditaduras, de censurarem, mas no final das contas são os EUA que estão boicotando a rede social mais popular do mundo.