De nada adiantou o governo Lula aumentar as verbas públicas cedidas à Rede Globo de Televisão. O império da Família Marinho passou a semana atacando o presidente e o seu partido, repetindo o mesmo comportamento dos anos anteriores ao golpe de Estado, quando o Partido da Imprensa Golpista (PIG), quando os grandes veículos de comunicação se cartelizaram em torno de um ataque incessante contra o conjunto da esquerda nacional.
Um dos pretextos recentes para atacar o governo foi a decisão de Lula indicar Marcio Pochmann, um economista ligado ao Partido dos Trabalhadores, para dirigir o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A indicação causou uma tempestade de críticas da direita semelhantes às que foram feitas quando Lula indicou Aluizio Mercadante, uma figura hisotircamente ligada ao PT, para o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
A burguesia não se dá ao trabalho de esconder o motvio de sua insatisfação. Marcio Pochmann não é sequer um economista radical de fato, que se proponha a romper com a ordem capitalista. O que a burguesia não quer é que Lula indique pessoas de sua confiança para o governo. Ou, em outras palavras, que Lula não indique pessoas que estejam de acordo com o seu programa de governo.
Não importa se é no IBGE, no BNDES ou mesmo em uma pasta pouco ligada à economia. Para a burguesia, só poderia estar no governo figuras “técnicas”. Isto é, que são verdadeiros capachos do grande capital, como Roberto Campos Neto.