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Guerra contra o povo

Assassinos da PM matam idosa no Rio de Janeiro

Mais um assassinato cometido em plena luz do dia pela polícia. Chega de covardia, chega de polícia matando nosso povo nas ruas.

A Polícia Militar segue derramando sangue por esporte nos bairros populares. Na manhã da última quinta-feira (14), Severina da Silva Nunes tomava café num bar com a vizinha quando policiais militares simplesmente chegaram atirando para todo lado. Severina morreu na hora e ficou estirada no chão. Sua vizinha, grávida de oito meses, sofreu ferimentos na cabeça por conta de estilhaços dos tiros e foi socorrida por moradores do Morro do Turano. Muitos protestaram nas ruas, extravasando a revolta pelo assassinato banal até que foram dispersos por essa mesma polícia.

Se o ocorrido não tivesse sido filmado e divulgado nas redes sociais, nem notícia seria. E é isso que acontece com muitos dos assassinatos cometidos por esses verdadeiros delinquentes, que têm “carta branca” para fazer o que quiserem com a população pobre. Como se jogassem um jogo de videogame, esses maníacos da PM chegaram atirando num momento em que não acontecia nada no local. A tranquilidade de Severina e dos demais moradores foi subitamente interrompida por PMs armados da cabeça aos pés, que agiram como se estivessem num confronto contra um inimigo igualmente armado e perigoso.

Como sempre, a imprensa burguesa reproduziu nas suas manchetes a versão farsesca da polícia, onde a idosa teria sido baleada em meio a um tiroteio. No entanto, os relatos gravados logo após o assassinato deixam claro que não existia nem mesmo um pretexto para a brutalidade operada pelos policiais. Mais uma vez tivemos uma “troca de tiros” onde só tinha a PM atirando e só tinha gente comum tomando tiro. Com os porcos fardados é assim, sempre na covardia. Toca ninja, botas e fuzil para meter bala numa senhora que tomava sol e bebia seu café.

Enquanto a maioria da esquerda enche a boca para falar de democracia, a população tem a experiência prática de viver sob uma ditadura sanguinária. Em nenhum regime minimamente democrático uma senhora é executada por um agente do Estado sem que absolutamente nada de excepcional estivesse acontecendo. A esquerda “paz e amor”, que apoia a política do desarmamento, só pode fazer isso porque está bem longe dessa realidade. Qualquer favelado sabe que se 10% dos moradores estivessem armados, esse tipo de esculacho jamais aconteceria. Se o povo se revoltasse com armas na mão não seriam pneus ou ônibus queimados, mas sim os próprios policiais, os diabos de farda.

Não dá pra levar a sério aqueles que propõem que a polícia possa ser reformada ou “humanizada”. Que melhorando as condições de “trabalho” da PM esse tipo de coisa deixaria de acontecer. Todas as matanças protagonizadas pela polícia não são acidentais. Esse é o ofício deles, impor o terror entre a população trabalhadora. Deixar claro que o povo não tem direito nenhum. Que deve aceitar calado porque a violência pode cair sobre ele a qualquer momento e não há nada a ser feito. Até quando vamos ter que escutar gente que se considera de esquerda defendendo que esse povo continue completamente impotente diante de tanto abuso?

Chega de conversa fiada sobre “segurança pública”. Chega de covardia. Chega de polícia! Pelo fim de todas as polícias, que o povo se organize nas milícias populares. Já há muito tempo que nas ruas se grita “não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar”. Passou da hora de toda a esquerda defender essa reivindicação popular. Querem defender a democracia, o amor, a vida? Lutem pelo fim das polícias assassinas.

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