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Fora Tarcísio

Ampliar a greve nas ETECs e Fatecs

Parar todas as unidades e unificar com os trabalhadores da rede estadual contra o governo inimigo da Educação e da população

Trabalhadores das escolas e faculdades técnicas (ETECs e Fatecs) do estado de São Paulo entraram em greve no último dia 8 e seguem mobilizados em defesa de condições dignas.

Pelo menos de 140 unidades de um total de pouco mais de 300 já participavam da mobilização nos seus primeiros dias, segundo divulgou o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps).

Dentre as principais reivindicações dos servidores está a de imediato reajuste salarial já que a proposta de reajuste miserável de 6% enviada à Assembleia Legislativa de São Paulo pelo governador Tarcísio de Freitas (Repúblicanos) não repõe a mínima parte das perdas com a inflação, depois de anos de salários congelados. Eles também reivindicam pagamento de bônus e a revisão da carreira.

O  Sinteps divulgou nota em que denuncia que “assim como a Alesp aprovou um reajuste de 50% nos salários do governador e de seus secretários, e também um reajuste ao pessoal da segurança pública, é preciso que se faça justiça com os trabalhadores das Etecs e Fatecs, que se dedicam para manter a instituição entre as referências de qualidade na educação pública”.

Além disso, a categoria critica a proposta  demagógica do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de implementar o ensino técnico nas escolas regulares, ao invés de ampliar as vagas escolas e faculdades técnicas. Contra essa medida, o sindicato aponta denuncia que a possibilidade de uma rede paralela de ensino técnico, sem investimentos, sem estrutura laboratorial e sem contratação de professores habilitados, vai prejudicar a qualidade do ensino e debilitar ainda mais a estrutura profissionalizante já existente que funciona sem as devidas condições, por falta de investimentos do governo do Estado mais rico da federação.

Sem negociação

Mesmo tendo realizado uma paralisação de advertência de um dia em julho e encaminhado as reivindicações da categoria, o governo não abriu qualquer negociação real antes da greve.

No final do primeiro dia da greve, uma comissão com 10 representantes, entre diretores do Sinteps e grevistas da capital, interior e baixada santista, foi recebida pela superintendente do Centro Paula Souza (CPS), Laura Laganá. Ela, no entanto, afirmou que não havia qualquer perspectiva de aumento além dos míseros 6% apresentados pelo governo, nem de mexer no minúsculo valor do Bônus Resultado, que tem como teto máximo o valor de um salário. E ainda tentou enrolar os grevistas, afirmando que precisaria de mais tempo para apresentar uma proposta de carreira a ser enviada ao governo, que – segundo ela – não teria qualquer garantia de aceitação pelo governo. Limitou-se a dizer que em 10 dias apresentaria “diretrizes”.para a carreira para serem discutidas.

É evidente que a burocracia busca ganhar tempo e conter o desgaste do governo, na semana em que o mesmo vem sendo alvo de inúmeras críticas pela política criminosa contra a Educação, expressa no anuncio da retirada de SP do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) com o que, deixariam ser distribuídos no próximo ano cerca de 10 milhões de livros impressos, supostamente para substituí-los por livros digitais. Numa política de ataque aos estudantes e professores (que realizam a escolha dos livros e os utilizam como ferramenta de apoio), bem como de claro favorecimento dos negócios da empresa Multilaser (e outras), que tem como sócio e ex-presidente o próprio secretario de Educação, Renato Feder.

Contra o fechamento de cursos nas ETECs e Fatecs

Os  trabalhadores reivindicam o fim do vestibulinho, funil que impede o ingresso de milhares de alunos das escolas públicas, filhos de trabalhadores nas ETEC’s e quem maiores investimentos para garantir mais vagas nas suas unidades.

O Sinteps também defende que haja regras iguais no âmbito do governo estadual: 20 alunos por turma, bem como a extinção das taxas. Junto com outras propostas essas reivindicações podem e devem ser usadas para promover uma mobilização conjunta com os estudantes das escolas públicas contra a politica de fechamento de cursos nas ETECs e Fatecs por parte do governo

É preciso apoiar a greve e propor a sua unificação em uma grande mobilização unitária de toda a comunidade escolar, incluindo professores, fusionários e estudantes das escolas estaduais do ensino básico contra o governo inimigo da população e da Educação.

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