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Discurso

Hesbolá anuncia guerra a Israel e parabeniza luta palestina

Ocorreu o tão esperado discurso de Hassan Nasrallah, líder do Hesbolá, sobre a guerra entre Israel e Palestina

O líder do Hesbolá, Hassan Nasrallah, realizou nesta sexta-feira (3/11) um discurso histórico sobre a guerra entre Israel e Palestina. Na véspera do discurso, o Hesbolá realizou dezenas de bombardeios no norte da Faixa de Gaza contra alvos israelenses, principalmente na fronteira disputada pelo Líbano, pela Síria e por Israel, que roubou as terras na região das Colinas de Golã na Guerra de Seis Dias. A expectativa é que Nasrallah declare guerra ao Estado nazista de Israel ao lado do povo palestino.

Hassan denunciou como a ação de Israel na Faixa de Gaza é um verdadeiro genocídio, parabenizando os bravos combatentes da resistência armada palestina e honrando a memória dos palestinos que já foram mortos pelos israelenses.

Ele começou o discurso elogiando “os mártires caídos” do Hesbolá e dos outros grupos que lutam contra Israel, bem como os civis mortos.

“Começo oferecendo minhas mais profundas condolências às famílias dos caídos aqui no Líbano, e, ao mesmo tempo, os parabenizamos, pois seus entes queridos conquistaram a honra do martírio.”

O líder do Hesbolá também ofereceu “condolências e parabéns” às famílias daqueles mortos em Gaza e na Cisjordânia ocupada, incluindo aqueles mortos durante as operações da Al-Aqsa Flood do Hamas dentro de Israel, que, segundo ele, “se estendeu em vários fronts de combate”.

Nasrallah celebrou a operação do Hamas no último dia 07, afirmando tratar-se de um ato glorioso. “A operação expôs a total fragilidade de Israel, mais frágil que uma teia de aranha”, afirmou o líder. Ele continua:

“Devemos saudar as mãos fortes e corajosas do Iraque e do Iêmen que agora estão envolvidas nesta guerra sagrada […] Tinha que haver um evento importante que abalasse a entidade usurpadora e seus apoiadores em Washington e Londres, e foi então que ocorreu a operação abençoada de 7 de outubro”. “A grande operação Al-Aqsa Flood foi decidida e implementada 100% pelos palestinos […] O sigilo absoluto é o que garantiu o sucesso da operação Al-Aqsa Flood em 7 de outubro”. “Não fomos incomodados pelo fato de o Hamas ter ocultado o plano de ataque de 7 de outubro.”

O líder libanês disse que a dependência de Israel aos Estados Unidos é uma demonstração da fraqueza israelense, citando os bilhões de dólares em equipamentos dados pelos americanos à ocupação sionista.

Nasrallah diz que a operação do Hamas estabeleceu uma nova fase histórica na batalha com Israel, afirmando que a decisão do Movimento de Resistência Islâmica foi “sábia, corajosa, brava, prudente”. “Desde o princípio, ficou claro que o inimigo estava perdido. O timing dos comandantes da Al Qassem foi perfeito”.

“O fim desse conflito será a sua [Israel] derrota. Vocês não conseguirão nada matando civis inocentes!”, denunciou Nasrallah. “A morte das crianças em Gaza revela a natureza bárbara desse regime, apoiado pela imprensa ocidental e pelos Estados Unidos […] Revela a hipocrisia dos Estados Unidos”.

Ainda em relação aos Estados Unidos, ele acusa os norte-americanos de propagar a mentira sobre a decapitação de bebês enquanto ficam calados sobre a matança de milhares de bebês em Gaza. “Foram os EUA que vetaram a condenação de Israel no Conselho de Segurança da ONU”, disse. Ele acusa os Estados Unidos de serem inteiramente responsáveis pela guerra em Gaza e chama Israel meramente de uma ferramenta executiva.

Sobre a guerra, Nasrallah deixou claro que a vitória dos palestinos é a vitória de todos os povos árabes:

“A vitória de Gaza é uma vitória da Palestina, da mesquita de Al-Aqsa, da Igreja do Santo Sepulcro, é uma vitória de todos os povos da região. A vitória de Gaza é de interesse do Egito, da Jordânia, da Síria e, antes de tudo isso, é um interesse patriótico e nacional do Líbano”

O líder do Hesbolá chama o que está acontecendo agora em Gaza de uma batalha decisiva que não é como as guerras anteriores. Ele diz que isso requer que todos assumam responsabilidade.

Nasrallah também delineia dois objetivos: o primeiro é parar a guerra em Gaza e o segundo é que o Hamas seja vitorioso nesta guerra. Ele diz que os países árabes e muçulmanos devem trabalhar juntos para deter a guerra em Gaza e acrescenta que “o inimigo” está ameaçando o Líbano e os libaneses enquanto afunda nas areias da Faixa de Gaza.

Nasrallah afirmou que o Hesbolá entrou na batalha em 8 de outubro, no dia seguinte ao lançamento de um ataque surpresa pelo Hamas no sul de Israel. Ele diz que a troca diária de tiros com as forças israelenses ao longo da fronteira libanesa pode parecer modesta, mas é muito importante, chamando-a de sem precedentes desde 1948. Ele também confirmou que 57 combatentes do Hesbolá foram mortos até agora.

Nasrallah continua, dizendo que o Hesbolá tem escalado suas operações diariamente e forçado Israel a manter suas forças perto da fronteira libanesa, em vez de Gaza ou da Cisjordânia ocupada.

O líder libanês forneceu dados sobre como a ação do Hesbolá afetou o Exército de Israel:

“A ofensiva do Hesbolá obrigou a deslocar um terço das forças armadas de Israel para fronteiras com o Líbano, aliviando situação em Gaza […] metade da força da naval, metade do Domo de Ferro, um terço das logísticas.”

O líder do Hezbollah também afirma que uma escalada adicional na frente libanesa é uma possibilidade real. Ele adverte que tal desenvolvimento depende das ações de Israel em Gaza.

Nasrallah repete que todas as opções na frente libanesa estão abertas. Ele afirma que o Hesbolá está pronto para todas as possibilidades. Ao abordar o posicionamento de navios de guerra dos EUA na região, Nasrallah diz que o Hesbolá não se intimida.

“Americanos, lembrem-se das vossas derrotas no Iraque e no Líbano e da vossa partida humilhante do Afeganistão, aqueles que vos derrotaram no Líbano no início dos anos oitenta ainda estão vivos e os seus filhos e os seus netos estão com eles”, disse.

O líder do Hesbolá afirmou, ameaçando os sionistas, que quem deseja evitar uma guerra regional deve rapidamente interromper a guerra na Faixa de Gaza.

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