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Um balão meteorológico

A escalada no conflito China e EUA após o “balão espião”

Caso do balão aponta claramente para a possibilidade de confronto bélico entre os governos da China e dos Estados Unidos

Os Estados Unidos abateram neste domingo, 5, um dirigível civil não tripulado da China, alegando que era um “balão espião”. Os chineses, no entanto, negam que a aeronave tinha objetivos de vigilância. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, o balão era, na verdade um instrumento meteorológico.

Um alto funcionário do governo norte-americano, todavia, declarou que, “claramente, a intenção deste balão é para vigilância”. Segundo os chineses, o balão desviara de seu curso “devido à influência dos ventos do oeste e à sua capacidade de controle restrita”.

É bem possível que, como é de costume, os norte-americanos estejam mentindo e que a derrubada do balão, ordenada pelo presidente Joe Biden, tenha sido só mais uma operação de propaganda anti-China.

O balão foi visto hoje sobre o território de Charlotte, na Carolina do Norte, e no norte do condado de Greenville, na Carolina do Sul. E, após ser abatido, Biden disse à CNN: 

“Na quarta-feira [1º], quando fui informado sobre o balão, ordenei ao Pentágono que o derrubasse o mais rápido possível”. “Eles decidiram que o melhor momento para fazer isso seria quando ele passasse sobre a água, dentro de um limite de 12 milhas [cerca de 19,3 km]. Eles derrubaram com sucesso, e quero parabenizar nossos aviadores que fizeram isso. Eles fizeram sem causar danos a ninguém no solo”, acrescentou.

Ainda, para reforçar a campanha difamatória contra o governo chinês, autoridades do governo norte-americano alegam que existiria um segunda balão “espião” sobrevoando a América Latina. A região, cujo principal parceiro comercial da maioria dos países é a China, é alvo de um interesse gigantesco do imperialismo norte-americano, que visa minar as relações com os chineses.

Fato é que o abatimento de uma aeronave chinesa, possivelmente civil, aumentou a crise entre os dois países. Isso ocorre em um momento em que o governo da China tem aumentado seu embate contra os EUA e o conjunto do imperialismo.

A escalada do conflito aumentou com o governo do ex-presidente Donald Trump, que impôs uma séria de restrições à economia chinesa. Uma verdadeira operação de sabotagem internacional. Agora, no governo Biden, a crise se agravou e aparece de forma mais violente, podendo levar um conflito por procuração, entre os dois países.

Os chineses, em reação às agressões norte-americanas, aumentaram o embate contra o imperialismo. Prova disso é o último congresso do Partido Comunista Chinês (PCCh), que reelegeu Xi Jinping para sua liderança, dando-lhe mais força e expurgando elementos menos confiáveis da direção do partido.

Além disso, após o início da guerra da Rússia contra o imperialismo na Ucrânia, os chineses fortaleceram suas relações políticas e econômicas com o governo de Vladimir Putin. Os dois países realizaram vários acordos e, do ponto de vista econômico, estão reagindo às sanções, buscando minar a hegemonia do dólar.

Como parte dos ataques dos Estados Unidos durante o governo Biden, vale lembrar que os norte-americanos vêm promovendo atos golpistas na China, em regiões como Hong Kong, ou promovendo o separatismo da etnia Uigur, com base numa suposta defesa dos “direitos humanos”. No ano passado, a então presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, base do governo Biden, viajou para a ilha de Taipé, criando uma crise internacional com o governo da China.

Na ilha, a região de Taiwan serve com base do imperialismo na China desde da Revolução Chinesa de 1949, quando abrigou os elementos contra-revolucionários pró-imperialistas. A viagem de Pelosi, além da permanência de frotas norte-americanas no Mar do Sul da China, têm elevado o conflito entre o governo da China e Taiwan a um nível violento. Os chineses ameaçaram retaliar à viagem da deputada governista, assim como ameaçaram responder à derrubada do balão “espião”.

O panorama que se desenha, com o aumento dos enfrentamentos, é de um conflito bélico por procuração entre a China e o imperialismo, principalmente relacionado a Taiwan. A ilha de Taipé pode ser o próximo foco de uma guerra por procuração, com a guerra na Ucrânia.

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