Cuca já não é mais técnico do Corinthians. Após jogo contra o Remo, válido pela Copa do Brasil, no qual o Timão se classificou para as oitavas de final após disputa de pênaltis, Cuca anunciou a sua saída.
“Eu saio neste momento, não é pelo o que eu queria. Se espera uma vida inteira para estar aqui. É um pedido da minha família. “Pai, vem, estamos precisando”. Amanhã estou em casa, vou cuidar de vocês”, disse Cuca, em breve pronunciamento.
A decisão do técnico, um dos melhores de todo o mundo, é consequência da esmagadora pressão que vem sofrendo por parte da imprensa burguesa e da esquerda pequeno-burguesa por uma condenação criminal de mais de 30 anos atrás. Antes de sair de campo, Cuca foi abraçado por todos os jogadores do Corinthians após a vitória do time.
“E antes desse sonho se realizar, tiveram três, quatro dias muito pesados para mim. De pesadelo. Foi quase um massacre o que acabou acontecendo. Eu estava muito concentrado nessa decisão, não queria tirar o foco. E isso acaba levando para os jogadores. Hoje me emocionaram. Estou aqui há cinco dias, mas todos ofertaram para mim. Eu não pedi nada, mas eles sentiram, como ex-atleta que sou, o que estou passando. O que estou passando, e quero ser bem breve, porque não quero ser vítima de nada, é a pior coisa que um homem pode passar. Quando está em xeque a dignidade dele. Quando invade as redes sociais das filhas e mulher com ameaças e ofensas descabidas”, afirmou o técnico
O fato teria ocorrido em Berna, Suíça, quando Cuca jogava pelo Grêmio e tinha 24 anos. A sentença, não por estupro, mas por violência sexual contra pessoa vulnerável, ocorreu dois anos depois, estipulou 15 meses de prisão. No entanto, os jogadores estavam no Brasil, que não extradita cidadãos brasileiros.
Embora a justiça suíça tenha decretado pouco mais de um ano de prisão, para a sanha persecutória dos identitários e canceladores da internet as penas não prescrevem, são perpétuas. Se determinado indivíduo cometeu um erro em algum momento de sua vida, terá que pagar para sempre.
Independente do mérito da sentença, para os moralistas de plantão, ninguém tem o direito de errar e se ressocializar, trabalhar, levar uma vida normal. Terá que ser marcado a ferro e passar o resto da vida sendo visto como criminoso e pária da sociedade, como faziam na antiguidade.