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Oitavas de final

Seleção joga seu melhor futebol e dedica goleada ao Rei Pelé

Brasil encanta, goleia a Coreia do Sul ainda no primeiro tempo e segue com moral para as quartas de final da Copa.

O pré-jogo

A grande notícia do pré-jogo foi sem dúvidas a volta de Neymar. O camisa 10 brasileiro machucou o tornozelo após sofrer nove faltas na estreia contra a Sérvia e não foi opção para Tite nos últimos dois jogos, contra Suíça e Camarões. E não é que, após anunciar que o craque começaria a partida das oitavas de final em campo, o treinador brasileiro recebeu uma nova enxurrada de críticas, como de costume.

Infelizmente, é preciso citar um dos cachorros loucos anti-Seleção da imprensa burguesa, o ex-jogador Walter Casagrande. Na véspera do confronto contra a Coreia do Sul, o Uol destacou uma participação dele em transmissão do portal, com o seguinte título “Casagrande: ‘Se Neymar sair jogando vai ser um erro grandíssimo'”. Segundo o ex-jogador, Neymar deveria entrar apenas no final do jogo, para enfrentar os sul-coreanos já cansados e, nessas condições, “se sobressair”. São diversas as manobras para tentar jogar o principal jogador da Seleção e o elenco brasileiro como um todo para baixo, pois se Neymar não é tão bom assim, o que se poderia dizer dos demais jogadores.

Já no dia do jogo, o mesmo “colunista” entregou um texto intitulado “Para ir às quartas, Brasil precisa ser diferente e se impor logo de início”. Para azar dessa imprensa rasteira, o futebol é um esporte que desperta os sentimentos do povo e o pessoal não perdoa. Talvez por isso, o ex-jogador tenha aliviado muito o tom da crítica no dia seguinte. Se Tite tentasse seguir as “orientações” de Casagrande teria que começar com Neymar e sem Neymar ao mesmo tempo. Ainda bem que o treinador já está calejado o suficiente para não ceder às manipulações da imprensa canalha. Cabe lembrar que durante seus anos à frente da Seleção, Tite sofreu apenas três derrotas, incluindo a que ocorreu na última sexta-feira e mesmo assim foi criticado durante todo seu trabalho.

O jogo

A Seleção Brasileira começou mostrando porque é a franca favorita ao título, dominando completamente o jogo. A bola ficou muito pouco com a seleção sul-coreana e quando ela tinha a bola, não tinha paz. A Seleção não deu espaço para a Coreia do Sul jogar e quando retomava a posse de bola a qualidade dos nossos jogadores se fazia notar. Não demorou para sair o primeiro gol brasileiro.

O ponta Raphinha escapou da marcação com um belo drible, ganhou do zagueiro na velocidade e esperteza e cruzou para Neymar, que carregou a marcação mas, pressionado, não conseguiu finalizar. A bola sobrou para Vinícius Júnior, livre, que guardou a bola com categoria no contrapé do goleiro aos 7 minutos de jogo. Bem aquele começo de mata-mata que todos nós queríamos, para poder curtir o jogo com mais tranquilidade. Novamente Neymar, que segundo alguns abobados não faz tanta diferença na Seleção, chamou toda a marcação e deixou Vinícius Júnior sozinho para o Brasil abrir o placar.

Logo na sequência, Richarlison sofreu falta dentro da área, pênalti. Na cobrança, Neymar fez o que só ele mesmo faz nessas horas: esperou o goleiro firmar um dos pés e guardou a bola lentamente no lado oposto. Seung-gyu Kim até tentou esperar no meio do gol, mas foi traído pelas próprias pernas. Na sua frente não estava qualquer um, mesmo que a Fifa não reconheça, o goleiro sul-coreano se enfrentou contra o melhor jogador de futebol da atualidade. Após a Fifa proibir a “paradinha” nos pênaltis, Neymar driblou novamente os que mandam no futebol e criou seu jeito eficaz e debochado de cobrar pênaltis.

Aos 29 minutos, uma belíssima jogada! Richarlison controlou a bola no ombro, duas vezes na cabeça, duas no pé e tocou para o zagueiro Marquinhos, que passou de primeira para o também zagueiro Thiago Silva, que, também de primeira, colocou Richarlison na cara do gol. Com tranquilidade, o camisa 9 guardou o terceiro gol brasileiro e decretou que o dia seria definitivamente nosso. Se fosse uma seleção europeia, teríamos horas e horas de análises exaltando a flexibilidade tática que permite que os dois zagueiros participassem de uma troca de passes tão certeira e letal.

O treinador brasileiro comemorou imitando um pombo, apelido do nosso camisa 9. Um sinal do nível de entrosamento entre jogadores e comissão técnica nessa Copa. Vinícius Júnior, aos 36, levantou a bola com capricho para Lucas Paquetá rolar para o fundo das redes. O placar de 4×0 resumiu um primeiro tempo perfeito. A Seleção ainda criou mais chances de gol e encantou os torcedores com o nosso futebol arte.

No segundo tempo, o melhor jogador sul-coreano, Son Heung-min, teve chance de diminuir mas o goleirão Alisson jogou para fora o perigo. Após pouco tempo de pressão inimiga, o Brasil voltou a controlar o jogo, criando diversas chances de gol. E aos 10 minutos da etapa final, os torcedores brasileiros forçaram a transmissão da Globo a falar do maior jogador de futebol de todos os tempos. Um bandeirão em homenagem a Pelé foi levantado enquanto a torcida gritava seu nome. Bela lembrança do Rei do Futebol, que se encontra internado sob cuidados médicos.

Para quem disse maldosamente que Daniel Alves vinha apenas para “tocar pandeiro na concentração” viu o lateral entrar em campo pelo segundo jogo seguido, se tornando o segundo jogador a mais vestir a camisa da Seleção Brasileira, para desespero da turma do contra. Se tivesse conseguido marcar gol com o belo voleio que tentou no final do jogo esse pessoal teria que fazer uma baita ginástica argumentativa para explicar tudo o que falaram do jogador.

Aos 22, Alisson mostrou que estamos seguros quando enfrentarmos adversários mais forte. O atacante Hee-chan Hwang chutou com força e o goleiro foi buscar, impedindo o que seria o primeiro gol sul-coreano. Finalmente, aos 31 minutos do segundo tempo, Paik Seung-Ho conseguiu fazer o “gol de honra” dos sul-coreanos num belo chute de fora da área. O Brasil administrou com tranquilidade o restante do jogo e no final homenageou o Rei Pelé. Neymar e Danilo levaram uma faixa para o centro do gramado, reunindo os jogadores para prestar homenagem ao maior de todos os tempos. Vinícius Júnior e Neymar, nas entrevistas pós-jogo, reforçaram que o elenco está unido e disposto a dedicar o título de 2022 para Pelé. Nada mais merecido.

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