Este Diário vem denunciando, sistematicamente, a política dos banqueiros e seus governos de lucro a qualquer preço, que tem como consequência um ataque sem precedentes à categoria bancária e de jogar, nas costas dos trabalhadores, medidas que só os prejudicam, através das demissões em massa, arrocho salarial, superexploração, assédio moral, descomissionamentos etc.
Recentemente, noticiamos as centenas de demissões que estão na mira dos banqueiros, do Banco do Brasil e do Banco Itaú/Unibanco, através dos famigerados Plano de Demissão Voluntária (PDV), anunciadas nesta semana.
Os bancos estão, já há um bom tempo, implementado programas de reestruturações, tanto nas agências quanto das dependências administrativas cuja a consequências tem sido o fechamento de centenas delas.
O banco Santander, levando a frente essa política de fechamento de agências, está promovendo a fusão de várias delas e, com isso, abriu o caminho para os patrões promoveram mais demissões na categoria. Em plena pandemia do coronavírus, somente no ano de 2020 os banqueiros do banco imperialista espanhol, demitiu 3.220 trabalhadores, no ano de 2021 foram fechadas 166 agências e 27 postas de atendimentos (PAB) o que ocasionou outra enxurrada de demissões.
Para o dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, e funcionários do Santander, Wellington Prado, “já identificamos demissões, no mês de fevereiro e início de março, na região de Osasco, de gerentes gerais e gerentes de negócios e serviços, inclusive de agências que serão unificadas. Os funcionários das unidades não entenderam a motivação para as demissões, uma vez que viam nestes colegas funcionários super competentes, comprometidos e conhecedores de todos os procedimentos. Isso gera uma angústia enorme, uma vez que cria a expectativa de mais desligamentos com a fusão das agências” e continua, “além dos bancários demitidos, são impactados também os trabalhadores que permanecem nas agências, que ficam sobrecarregados, enfrentando metas cada vez mais altas. Muitas unidades estão com o quadro defasado, com filas tanto no seu interior quanto na área dos caixas eletrônicos”. (site spbancarios 08/03/2022)
É preciso organizar, imediatamente, uma campanha vigorosa contra as demissões, numa perspectiva de luta unitária e de conjunto de todos bancários com as demais categorias de trabalhadores. Organizar comitês de luta em todos os locais de trabalho para organizar uma gigantesca mobilização com o objetivo de barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos que vêm, sistematicamente, lucrando às custas da miséria dos trabalhadores de toda a população em geral.