A destruição do estado brasileiro causado pelo golpe de Estado em 2016 vem afetando de forma drástica o sistema educacional do País. A turma de 3º ano da Escola Raio de Sol, na zona Oeste de Boa Vista, Roraima, está sem professor há pelo menos quatro meses. E, sem professor, a direção da escola determinou que cuidadores, assistentes e professores de outras turmas se revezassem para dar aulas. A direção da escola afirma que encaminhou pedido à prefeitura para a contração de um novo professor desde o mês de setembro, mas até o momento, nada.
Eis mais um sintoma do que as políticas neoliberais impostas pelo imperialismo ao País vêm provocando no Brasil: a decadência total da educação que o Estado deveria garantir com qualidade ao seu povo. Com o famigerado teto de gastos, que foi aprovado unicamente para garantir que o dinheiro da arrecadação nacional vá para as mãos dos banqueiros, a educação vem recebendo cada vez menos verbas.
O povo brasileiro tem trabalhado, produzido e pagado impostos para encher cada vez mais os bolsos dos banqueiros parasitas, enquanto sua qualidade de vida vai ficando mais e mais precária. Pelo Brasil inteiro esse cenário vai se reproduzindo. Como consequência, o investimento previsto em educação vem caindo ano a ano e tem provocado a decadência generalizada do ensino no País.
Sem dinheiro, as escolas não conseguem manter o número suficiente de professores. Quando pedem ao poder público, a resposta é que não há recursos. E o problema não é apenas a falta de professores. Por falta de recursos, a estrutura necessária e adequada ao funcionamento das escolas decai rapidamente. Já houve denúncias de que falta até papel higiênico nos sanitários. Além disso, devido a esse descaso, escolas deixam de ser construídas e as que existem ficam sem manutenção apropriada e sem condições de fornecer acomodações dignas aos alunos.
A fim de combater essa extrema decadência que avança sobre o ensino público, o governo Lula vai precisar agir logo de início. O desmonte da educação pública, que vinha sendo implantada sistematicamente após o golpe de Estado, precisa ser interrompido. E, para isso, a pressão do povo e de suas instituições representativas será decisiva. Pois, o PT, os parlamentares de esquerda e Lula, enquanto presidente, por si sós, jamais terão condições e força suficientes para enfrentar a oposição direitista do congresso, da imprensa subserviente e da burguesia interna e externa que defende políticas unicamente entreguistas e lesivas aos interesses do País.