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Contra Neymar?

Richarlison é craque, mas não aceitamos forçação de barra

Imprensa burguesa e esquerdistas de ocasião usam ótimo desempenho do “Pombo” para tentar diminuir a importância de Neymar para a Seleção Brasileira.

A Seleção Brasileira finalmente estreou na Copa do Catar, para a euforia dos milhões de torcedores no Brasil e no mundo. A vitória por 2×0 contra a seleção sérvia poderia ter sido mais ampla, pois a equipe brasileira criou muitas chances de gol. Brilhou a estrela do nosso camisa 9, o “Pombo” Richarlison, que fez dois gols, incluindo um golaço de voleio.

Neymar participou da maioria dos lances ofensivos do Brasil e quase meteu um gol olímpico na cobrança do primeiro escanteio do jogo. Como de costume, foi caçado em campo, liderando as estatísticas como jogador que mais sofreu faltas nessa primeira rodada da Copa. Foram nada menos do que 9 das 12 faltas cometidas pelos sérvios no jogo. Saiu de campo com o tornozelo muito inchado e ainda foi novamente avacalhado por parte da imprensa golpista.

O ex-jogador Walter Casagrande foi um dos mais virulentos nesse sentido. Para avacalhar Neymar, ele ignorou as faltas sofridas pelo craque, sua participação na criação de chances de gol e por fim a lesão que vai deixar o camisa 10 do Brasil de fora dos próximos jogos. Uma coisa que aqueles que chamam Neymar de “cai cai” fazem questão de esquecer é que por conta da enxurrada de faltas que sofre, o craque sofreu com lesões em todas as Copas que disputou. Em 2014, ficou de fora do maldito jogo contra a Alemanha. Em 2018, se recuperou somente na véspera da disputa. E agora enfrenta novamente esse drama logo no final da primeira partida.

Segundo o colunista do Uol, “Neymar foi uma figura completamente apagada no primeiro tempo. Não criou, não chutou a gol, não deu um passe importante. Aliás, perdeu muito a bola na tentativa de dribles em lugares mortos do campo”. A cara de pau é tamanha, que Casagrande desconsiderou, por exemplo, a tentativa de gol olímpico aos 13 minutos de jogo, que obrigou o goleiro sérvio a fazer uma grande defesa e ajudou a empurrar a Seleção para o ataque.

Em relação ao segundo tempo, afirmou que Neymar seguiu apresentando “futebol fraco” e teve a ousadia de impor que o camisa 10 poderia ser útil desde que aceitasse não ser o protagonista dessa Seleção. É de uma prepotência bastante cínica querer enquadrar o craque dessa forma e de uma covardia não surpreendente usar os outros jogadores da equipe para atacar a grande estrela da Copa.

Podemos ter assistido a jogos diferentes, mas o primeiro gol do “Pombo” começou com uma grande jogada de Neymar, que driblou dois marcadores e saiu do lance para permitir o chute de Vinícius Júnior, que o goleiro rebateu e Richarlison empurrou pras redes. O segundo gol passou pelos mesmos pés, Neymar, Vinícius Júnior e Richarlison. Além de falsificar o que ocorreu no jogo, o ex-jogador ainda usou de posições assumidas por Richarlison diante da pandemia de covid para seguir diminuindo a importância de Neymar.

Parte da esquerda, como sempre, foi na onda da imprensa burguesa e passou a exaltar Richarlison, debochando de Neymar. Debochando inclusive da contusão do jogador, o que mostra que muito esquerdista se perdeu completamente ao se aproximar da direita tradicional na disputa eleitoral contra Bolsonaro.

Um perfil esquerdista no Twitter postou: “Neymar é igual Bolsonaro, saiu, ninguém sentiu falta e o Brasil só teve a ganhar”. O apresentador Gregório Duvivier, por sua vez, publicou “Brasil 2. Neymar 0”. Cynara Menezes não podia ficar de fora e debochou com uma enquete que perguntava “por que neymar chorou?”, com as seguintes opções de resposta: “machucou o tornozelo”, “lembrou da receita”, “inveja de richarlison” e “lembrou que é minion”.

Uma canalhice completa, que desconsidera tanto o que aconteceu de fato dentro de campo, quanto a admiração dos companheiros de Seleção pelo camisa 10. Neymar é ídolo de toda uma geração de craques brasileiros e amantes do futebol mundo afora. Jogar ao lado de Neymar, ainda mais numa Copa do Mundo, é a realização do sonho esportivo de grande parte do elenco que está representando o Brasil no Catar.

Vale lembrar que a tradição de entregar a camisa 10 ao craque do time remonta ao número usado por Pelé na sua estreia em Copas do Mundo, em 1958 na Suécia. Após Pelé, a numeração que antes servia apenas para facilitar a identificação dos jogadores pela arbitragem se transformou numa indicação do posicionamento e da importância dos jogadores nas suas equipes. Quem veste a 10 nessa Copa é Neymar porque ele é o melhor jogador brasileiro em atividade e o melhor do mundo, apesar dos rankings dos europeus não reconhecerem.

Richarlison não disputa a Copa contra Neymar, o “Pombo” inclusive defendeu o camisa 10 numa entrevista recente contra críticas da imprensa alemã. Tentar semear uma oposição entre os dois craques por conta de posicionamentos extra-campo e logo após a estreia da Seleção e da lesão de Neymar é muita desonestidade. Quem nunca fala de futebol, de repente quer se colocar como autoridade no assunto. Quem não gosta de ver Neymar jogar, simplesmente não gosta de futebol.

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