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Extrema-direita

Pré-candidato de Bolsonaro em São Paulo quer banir MST do Brasil

Tarcísio Freitas faz campanha para os grandes latifundiários e mostra sua disposição em atacar o MST

De formação militar, engenheiro e ex-ministro de Dilma Roussef, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de infraestrutura de Bolsonaro, é o pré-candidato que mais acompanha o presidente em seus compromissos eleitorais, participando de 8 eventos com Bolsonaro de abril a julho. O último ocorreu em Presidente Prudente (SP), no último dia 26/07, quando o presidente e Freitas foram recebidos na Associação Comercial de Presidente Prudente, sendo o pré-candidato aplaudido ao declarar que o MST deve ser “banido” do Brasil.

Indicado e apoiado por Bolsonaro para o governo do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas não é um nome muito lembrado nas pesquisas de intenção de voto, ficando em terceiro lugar no primeiro turno e sem muitas chances de ir ao segundo turno em SP. Se para a maioria dos entrevistados pelas pesquisas Freitas é desconhecido, os representantes do comércio, do latifúndio e da concentração de terras e riquezas de São Paulo aplaudem e apoiam os discursos autoritários e direitistas do ex-ministro bolsonarista.

Se a afirmação da campanha de Tebet for correta, assim como mulher vota em mulher, latifundiário vota em seus legítimos representantes. Quanto mais direitista, melhor para a burguesia latifundiária paulista.

Segundo as falas de Tarcício Freitas, corroborando o presidente, afirma que a titulação de terras pelo governo é uma forma eficiente de enfraquecer, cada vez mais, o MST. No Mato Grosso do Sul, Bolsonaro distribuiu títulos a moradores do assentamento Itamaraty que são partidários do presidente. Os demais, não receberam título algum.

Querem banir um movimento popular que reivindica terra para trabalhar e viver no País. Tudo com base em uma política reacionária que toma todas as formas possíveis: desde aspectos legais (como os títulos de terra), até os fascistas, como o financiamento de jagunços para assassinar líderes de comunidades e assentamentos, moradores rurais pobres, despossuídos e indígenas.

Os cidadãos que lutam pelo direito à terra e reforma agrária são caracterizados como invasores, criminosos e violentos. Muitos são encarcerados. Se forem mortos, segundo o discurso de extrema direita, semelhante ao que se difunde na Colômbia, é por que são bandidos violentos.

Assim como acontece com ex-membros das FARC, camponeses colombianos estão sendo chacinados por forças paramilitares que contam com o apoio, mesmo que extraoficial, das forças policiais e do exército. No Brasil rural, indígenas, sem terra e líderes de comunidades extrativistas são vítimas de violência por parte de ruralistas quase todos os dias, embora não haja divulgação por parte da imprensa burguesa. Esta, por sua vez, capricha em reforçar a imagem de violentos e fora da lei dos trabalhadores rurais pobres organizados.

Em nota oficial, a equipe de Tarcísio de Freitas afirmou que :

“Tarcísio defende o fortalecimento do agro, que é uma força motora do Estado de São Paulo, e isso passa por proteger a propriedade privada. Para garantir o desenvolvimento do setor, é preciso dar segurança para o proprietário, para o investidor e também dar acesso a crédito às pessoas que estão hoje em situação de assentamento para que façam parte do grupo que produz riquezas para São Paulo”.

O candidato da extrema-direita coloca, como primordial, a segurança das propriedades privadas, dos proprietários e dos investidores do setor do agronegócio. Para não ficar feio em público, menciona a concessão de crédito aos assentados. Porém, assentados não querem crédito e dívidas, querem terras para produzir com dignidade. Produtores pobres têm o direito de serem, eles também, pequenos proprietários que produzem grande parte de nossos alimentos diários.

Fica evidente porque Freitas é muito elogiado pelo presidente. Sua política de proteção das propriedades privadas e dos latifúndios é de grande interesse para a manutenção do regime direitista e explorador que reina no Brasil, especialmente no campo e nas questões fundiárias.

Em resposta a Freitas, o MST declarou que:

“O nosso movimento luta pela reforma agrária, trabalha pela melhoria de vida das famílias de agricultores e para produzir alimentos saudáveis para o povo. O estado de São Paulo precisa de um governador que tenha coragem para banir a fome e o desemprego, a desigualdade social, a concentração de renda e o latifúndio, a intolerância, o autoritarismo e o discurso de ódio. Se o candidato quiser, podemos dar uma aula sobre a vida no interior de São Paulo. Temos escolas em todas as regiões do estado e podemos indicar algum curso para iniciantes no território paulista….”

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