Na manhã desde sábado (11), o acampamento “Mariele Franco” do MST (Movimento sem Terra), localizado em Itinga (MA), foi invadido ilegalmente pela polícia. O MST se pronunciou nas redes sociais:
“Desde a manhã de sábado (11), o Acampamento Mariele Franco, organizado pelo MST no município de Itinga (MA), sofre um ataque e invasão policial. A área está incluída no Programa de Proteção em virtude das ameaças constantes de despejo. As famílias estão apavoradas e conforme relatos que chegaram via plantão técnico do Programa de Proteção, com áudios e vídeos, a atuação da polícia militar foi ilegal, arbitrária e sem ordem judicial, demonstrando que houve, sim, uma violação de direitos humanos que deve ser apurada pelas autoridades e órgãos competentes. As famílias acampadas buscam ajuda e exigem Justiça!“
Recentemente, a organização dos trabalhadores sem terra vinha retomando as ocupações de terras improdutivas, gerando um desconforto nos latifundiários e mostrando o poder do povo. Porém, toda ação tem reação e, como se trata de forças políticas, quem contra-atacou foi a burguesia, utilizando suas forças fascistas. A polícia invade este acampamento com um único objetivo: intimidar a população mais pobre, utilizando o medo para evitar a mobilização popular em torno de reivindicações legítimas que beneficiam os trabalhadores.
Finalmente, quando é que a polícia não reage de forma violenta contra o povo? Seu único motivo de existência é manter os proletariados quietos e oprimidos, sem atritar com a classe burguesa, evitando em últimas consequências a revolução, sabotando a organização das classes trabalhadoras.
O governo Lula deve se posicionar a favor da mobilização, a luta na rua é que vai garantir que ele governe contra a burguesia. Quanto ao MST, este grupo precisar organizar comitês de autodefesa e, desta maneira, não capitular diante da investida reacionária das forças policiai. É a única maneira de se defender, uma vez que o “todo poderoso” Alexandre de Moraes não virá prestar socorros ao povo oprimido, a “democracia” não vai garantir paz social a esses camponeses.
Por isso, é preciso defender o armamento da população, principalmente aos mais pobre, que todos os dias estão expostos às barbaridades do estado repressivo para lutar a favor de seus direitos básicos: a moradia, a alimentação e o transporte.
O MST deve ampliar o volume de ocupações de terras improdutivas, estabelecendo como objetivo pressionar o governo à esquerda, reivindicando pautas como: reforma agrária e um governo dos trabalhadores, mobilizando toda classe camponesa em torno de seus interesses. Algo que só será atingido se organizando e se armando, caso contrário, serão sempre sacos de pancada das forças fascistas e retrógadas policiais.
