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Elon Musk sapeca

Peripécias do Elon Musk no Twitter

Quem fiscaliza o fiscal? Quem vigia o vigilante? Quem demite o dono do Twitter?

No meio do ano, Elon Musk, o homem mais rico do mundo, acordou um dia, entediado, e decidiu comprar a maior rede social do ocidente por uma das maiores transações financeiras da história. Possuindo 118 milhões de seguidores no Twitter, o proprietário do site do passarinho azul se inspira, na realidade, em uma conta um pouco menor, mas de relevância parecida: o Pró-Cultura.

Vejamos se é possível explicar em palavras uma das últimas peripécias do menino Elon. No ano passado, as redes sociais do ex-presidente americano Donald Trump foram banidas de forma autoritária porque, segundo os juízes da internet (como acontece apenas fora do Brasil, já que aqui dentro não existem excessos cometidos nem pelas empresas privadas, tampouco pelo Santo Judiciário), Trump apresentava um grave risco para a democracia liberal. O que, infelizmente, não é verdade, pois ainda estamos um tanto quanto longe de considerar Trump um camarada nas trincheiras.

Prosseguindo, Musk postou uma enquete em seu Twitter perguntando o que achariam caso ele desbloqueasse Trump e, à medida que a opção “sim” ganhou por 51 a 49, Trump foi desbloqueado, ação seguida pelo seguinte comentário do dono do Twitter em seu perfil: “A voz do povo é a voz de Deus”. Tá bom, legal, mas até aí nada demais. Até que…

“E não nos deixeis cair em tentação”, disse Elon Musk, zoando ao mesmo tempo, com a Bíblia, com a sua rede social, com o ex-presidente e com os democratas de rede social que amam lamber a batina de juízes. Sabe quando falam na sua empresa para você se controlar, porque seu chefe pode ver o que você está postando? O Elon Musk não! Sobre o Twitter, ele é a personalização da expressão “acima de mim, só Deus” e as rodas da frente enquanto ele empina de moto.

Outra boa do bilionário de estimação dos zoeiros e que poderia ir por último para a corda foi quando a imprensa capitalista, que aparentemente descobriu agora que o capitalismo explora a mão de obra, denunciou que no Twitter as pessoas trabalhavam mais do que eram pagas para trabalhar (também conhecido como mais um dia em uma empresa). Um internauta, influenciado por uma das notícias de que Musk havia demitido funcionários importantes (que ninguém nunca ouviu falar), marcou o novo dono do Twitter e escreveu: “Contrate imediatamente o _INSIRA AQUI O NOME DO DESCONHECIDO QUE NINGUÉM LIGA_”. Elon Musk, com seus 118 milhões de seguidores, respondeu o jovem internauta com seus 43 seguidores com duas letras e um ponto: “No.”

Mais uma legal do tiozão de churrasco de Hollywood foi quando entrou com uma pia na sede do Twitter, simbolizando um ditado em inglês que, se traduzido, significaria algo como “deixando a ficha cair”. Ele literalmente levou uma pia até o hall do Twitter, com gente gravando, e postou em suas redes sociais para falar que iria sim comprar o Twitter quando acreditavam que ele não ia. Movimento esse que, inclusive, também merece destaque, porque a imprensa burguesa não só descobriu que existe abuso agora como também descobriu que capitalistas, milionários e bilionários são as pessoas que detém os meios de comunicação.

Essa matéria poderia passar de vinte e nove páginas porque o Twitter do Elon Musk e suas peripécias são suficientes para horas de conversa no bar (ou no programa Pró-Cultura, que passa toda sexta-feira no canal do Youtube da Rádio Causa Operária, às 19h), mas, assim como qualquer matéria que se preze, ela possui prazo para entrega – porque se não ela não estaria sendo veiculada em um jornal sério, mas sim em alguns jornais da esquerda pequeno-burguesa que preferem fazer coro à imprensa capitalista criticando Elon Musk e enaltecendo outros grandes bilionários que detém os meios de comunicação. Esses jornais, inclusive, fazem com Elon Musk exatamente o que ele acusou o Senado de fazer com o Twitter nesse post:

Sua acusação em forma de cópula entre rinocerontes consistiu no fato de terem investigado e chamado o Twitter para depor por pequenas infrações enquanto o mercado incel de criptomoeda cometeu as mesmas infrações em escalas milhões de vezes maiores. Porém, como envolve dinheiro da burguesia, nada acontece feijoada. Que é o que parte da esquerda faz com o Elon Musk, quando denuncia todas suas infrações e ignoram todas realizadas pelos sheiks árabes que dominam umas redes sociais, a Amazon que domina outra parte do mundo, os outros bilionários que detém Google, Facebook e seja lá qualquer outra rede social ou meio de imprensa que surja como propriedade da lista dos 20 homens mais ricos do mundo. Se quer denunciar Elon Musk (e tá tudo bem!), faça o trabalho direito e denuncie o absurdo que é as redes sociais e a comunicação no geral estar na mão de empresas privadas, de capitalistas, e não da população; sem demagogia barata.

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