O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), se encontrou nesta segunda-feira (18) com o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ao lado do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), indicando uma articulação que atinge tanto a terceira via como a campanha do ex-presidente Lula (PT). O encontro expôs a ameaça de desembarque de Paulinho da candidatura do ex-presidente, mesmo após ter apoiado a entrada de Geraldo Alckmin (PSB) na chapa de vice do petista, e também a atuação ativa de Aécio pela candidatura de Leite apesar da derrota para João Doria nas prévias do PSDB. Ele ocorre depois de o presidente do Solidariedade ter se incomodado com as vaias que recebeu durante evento de Lula e Alckmin com sindicalistas em São Paulo, na quinta-feira (14).
Para tentar resolver a crise, Gleisi Hoffmann, convidou Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, para um encontro no Instituto Lula, em São Paulo, nesta terça-feira.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (19) ao presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, que quer tê-lo ao seu lado no evento de lançamento da candidatura presidencial, marcado para 7 de maio.
Após a insatisfação de Paulinho, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), também convidou o deputado e o partido para participarem da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo áudio revelado pelo site O Antagonista.
Os trabalhadores que vaiaram Paulinho estão completamente corretos, Paulinho é um elemento golpista que está completamente submerso nos esquemas da burguesia. Não é atoa que, antes de encontrar Lula, ele encontrou com Aécio e Leite, dois representantes da terceira-via que é, efetivamente, contra o Lula. Ou seja, é simplesmente absurdo imaginar que um aliado desses setores vá fazer algo de positivo pela campanha do Lula.
É preciso lembrar que golpista Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, presidente do Solidariedade e principal liderança da Força Sindical, afirmou em reunião recente com integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ser contrário à revogação da reforma trabalhista.
A declaração do dirigente patronal vem logo após Lula fazer diversas declarações de que se eleito trabalharia para revogar a reforma trabalhista, como ocorreu recentemente na Espanha. As declarações de Lula caíram como uma bomba no chamado mercado financeiro, que vê com muito maus olhos a candidatura de Lula (PT) ainda mais com declarações abordando eixos centrais do governo Temer e Bolsonaro, ou seja, os motivos pelos quais foi imposto o golpe de estado no Brasil.