Desde o golpe de 2016, os ataques da direção dos Correios aos seus trabalhadores têm se intensificado. Contra os trabalhadores também atuam o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TST (Tribunal Superior do Trabalho). Com juízes claramente se posicionam contra os trabalhadores, como os atos do Ministro do STF, Dias Toffoli, voltando atrás na própria decisão e revogando a validade dos acordos coletivos como, também, a atuação do Ministro, Ives Gandra, causando repúdio até mesmo na justiça do trabalho e entre os magistrados, buscando ignorar a luta dos trabalhadores e favorecendo os ataques dos patrões. O judiciário sistematicamente esmaga o trabalhador para proteger os patrões e, isso fica claro, especificamente, em relação aos trabalhadores dos Correios que, todos os anos, os dissídios da categoria têm sistematicamente sido derrotados no TST.
Os trabalhadores dos Correios perderam, desde 2019, mais de 56% de sua renda. Expondo a sua política troglodita para com os trabalhadores, o General de pijama e presidente da empresa, Floriano Peixoto Vieira Neto, propôs que se diminuísse o vale alimentação dos trabalhadores, medida essa aceita prontamente pelo TST. Não precisa ser nenhum MBA de Administração para saber que a alimentação adequada é refletida em produtividade. A intenção de diminuir o salário e a alimentação dos trabalhadores é a clara intenção de diminuir as forças do trabalhador, ou seja, sucatear a força de trabalho e, mais ainda, preparar a privatização dos Correios com a diminuição dos custos com a folha de pagamento.
Todo mundo sabe que o governo ilegítimo Bolsonaro, mesmo antes de se eleger, já dizia que a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) precisava ser extinta. Como um genuíno lacaio dos interesses dos imperialistas, principalmente dos norte-americanos, tenta entregar a empresa para os abutres internacionais do tipo Fedex, HDL, dentre outras. Fato é que Bolsonaro tem atuado intensamente para destruir a ECT e os trabalhadores, bem como tem atuado para destruir o País (teto dos gastos, congelamento salarial, transferência de quase 50% do PIB para os banqueiros, aumento da miséria, desemprego em massa, etc.).
Com um faturamento de aproximadamente 20 bilhões anuais, a ECT pode ser vendida por pouco mais de 4 bilhões, ou seja, 1/5 de seu valor. É mais um roubo do patrimônio nacional, construído ao longo de 359 anos pelo povo e seus trabalhadores, uma empresa estratégica, em relação à soberania nacional, que será doada para os grandes capitalistas estrangeiros.
Enquanto os capitalistas e seus governos estão numa verdadeira escalada na ofensiva contra os trabalhadores do Correios e da população, que logicamente irá sofrer com a privatização, o que se vê, por parte dos sindicatos da categoria, numa total paralisia. A política exclusiva de pressionar parlamentares é um beco sem saída para a classe trabalhadora.
Somente uma gigantesca mobilização dos trabalhadores dos Correios poderá barrar tal ofensiva reacionária. Nesse sentido é necessário chamar, imediatamente, plenárias regionais dos trabalhadores, com o objetivo de preparar um Congresso extraordinário da categoria, para organizar a luta contra a privatização e os ataques dos patrões, através da única forma, que efetivamente, poderá derrotar os patrões, que são os métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora, greves, ocupações, etc.
Criar, em cada local de trabalho, Comitês de Luta que tenha como uma das principais palavras de ordens o Fora Bolsonaro e todos os golpistas, Lula Presidente.