Em coletiva de imprensa nesta semana, Lula foi questionado pela imprensa burguesa pelas suas recentes declarações contra o teto de gastos, que provocaram oscilações negativas nas bolsas de valores após ação de acionistas. Em resposta à pressão realizada pela imprensa burguesa, Lula questionou por que os acionistas estão tão “sensíveis” ao seu novo governo, que sequer começou efetivamente e, além disso, afirmou mais uma vez que a “questão social” será prioridade, e não qualquer teto de gastos.
Sobre este problema, Lula questionou:
“Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos? É preciso fazer superávits? É preciso fazer tetos de gasto? Por que as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gasto não discutem a questão social do país?”
O questionamento de Lula a respeito do chamado “equilíbrio fiscal” abriu uma nova onda de campanhas da imprensa burguesa contra o petista. No entanto, o que de fato representa o tal equilíbrio?
Tão defendido pela imprensa burguesa, o equilíbrio fiscal, tal como o teto de gastos, fazem parte da política central do regime golpista em defesa dos interesses dos bancos e do capital financeiro. Visando preservar e aumentar os lucros de bancos e acionistas, a imprensa burguesa faz frente com os interesses do imperialismo no País ao defender uma política que promove a desindustrialização, o empobrecimento da população e o corte de direitos fundamentais em nome da política de rapina dos banqueiros.
Defender o equilíbrio fiscal não é “manter a casa em ordem” como afirma a imprensa, mas sim, manter os lucros dos banqueiros como prioridade do Estado nacional. No lugar de desenvolver o País, promover programas sociais e garantir uma vida melhor para os trabalhadores, o equilíbrios nas contas públicas significa sacrificar tudo isso em nome dos lucros de acionistas e banqueiros, que na maioria dos casos, sequer são brasileiros.
Lula e seu novo governo precisa romper com esta política antinacional e defender, como vem fazendo, o fim do teto de gastos e o desenvolvimento nacional.