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Arthur Cesconetto

Dirigente nacional do Partido da Causa Operária e da Aliança da Juventude Revolucionária. Responsável pela organização dos comitês de juventude em Santa Catarina e estudante da Universidade Federal de Santa Catarina.

Seleção brasileira

O melhor do futebol não está nos países imperialistas

Dentre todas as últimas competições, esta Copa é a que mais revela a falência do futebol europeu

A Copa do Mundo de 2022 é não apenas a copa do hexa brasileiro, como também, a Copa dos Árabes. Após grandes demonstrações de suas seleções, vencendo seleções como Argentina e França nas fases de grupos, e agora, eliminando uma das favoritas do imperialismo, a seleção espanhola, os países árabes vêm sendo, junto ao Brasil, a maior contrapartida a campanha do imperialismo na competição.

Nesta semana, um novo grande exemplo foi dado. A Espanha, seleção que passou a fase de grupos da copa com uma imensa propaganda imperialista, chegou a ser classificada pela imprensa como uma das grandes favoritas ao título. Os espanhóis, que com exceção de 2010, onde apresentando um futebol burocrático e com grande apoio da FIFA, nunca foram verdadeiros protagonistas de nenhuma copa. No entanto, para o técnico espanhol, o orgulhoso Luiz Henrique, não haveria nenhum país que demonstrasse um futebol de tanta “qualidade” , nem mesmo o Brasil.

Luiz Henrique passou a Copa realizando transmissões ao-vivo em suas páginas na internet. O badalado técnico, foi colocado como um grande mentor de um time, que tem em sua maior qualidade, o passe para o lado e o ataque sem objetividade. A Espanha assim enfrentou a guerreira seleção marroquina, que com a bandeira da defesa da Palestina nas mãos e um futebol objetivo e envolvente, revelou sua superioridade contra o futebol europeu.

Aos 21 minutos, Marcos Llorente, meio-campista espanhol revelou sua grande “cintura de concreto” como apelidaram os brasileiros no Twitter ao tentar recuperar a bola do ponta de Marrocos, Sofiane Boufal. Um drible desconcertante que abriu a etapa inicial, com forte pressão marroquina.

Posteriormente a Espanha retomou a posse de bola, com números altíssimos que no entanto, não passavam de números. Nada adianta ter 80% de posse de bola quando na prática você não sabe o que fazer com ela, e a Espanha foi o melhor exemplo deste problema. Na hora de bater os pênaltis…não sabiam o que fazer.

A vitória de Marrocos foi a vitória dos povos árabes, oprimidos pelo imperialismo. Uma vitória comemorada em todos os países da região e que carregou como simbolo a bandeira da Palestina, que enfrenta há décadas uma intensa luta contra o massacre realizado pelo imperialismo por meio do criminoso Estado de Israel.

Antes da vitória de Marrocos, foi a vez do Brasil fazer a alegria de todos os oprimidos a nível mundial. A grande vitória de 4×1 contra a Coreia do Sul, com os quatro gols todos no primeiro tempo, a Seleção Brasileira demonstrou rapidamente sua grande superioridade.

A festa tomou conta não apenas das ruas brasileiras, como no Haiti, Bangladesh, na Somália e em outros tantos países oprimidos no mundo, milhares saíram às ruas para comemorar. Como mesmo já dito na própria imprensa, a torcida brasileira no Catar é composta por metade de brasileiros e metade de árabes, indianos, etc. 

Esta será a última edição de uma Copa do mundo, anunciada até o momento, que ocorrerá em países oprimidos pelo imperialismo. Iniciando na África do Sul em 2010, passando por Brasil, 2014, e Rússia em 2018, a Copa do Catar será a última antes de voltar a competição para os Estados Unidos. As Copas em todos estes países tornaram-se grandes demonstrações da força dos países atrasados, e sobretudo da decadência do já fraco futebol apresentado pelos países imperialistas. 
Hoje, sobram França e Inglaterra, entre os “grandes” europeus nesta reta final. No entanto, neste sábado, um deles irá sair da competição. Os “grandes” jogadores europeus revelaram também sua decadência. Cristiano Ronaldo, Hazard, entre outras “estrelas” da imprensa imperialista se mostraram incapazes de vencer na habilidade as Seleções africanas, asiáticas e latino-americanas.

Dentre todas as últimas competições, esta Copa é a que mais revela a falência do futebol europeu. O imperialismo só consegue manter estas seleções com muito dinheiro, colocando inclusive grande parte dos plantéis compostos de imigrantes não europeus. No entanto, a crise geral do imperialismo vem colocando isso abaixo, e permitindo que os povos atrasados levantem a cabeça mais uma vez. O hexa brasileiro, será a vitória dos povos oprimidos contra o imperialismo.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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