No último jogo entre Portugal e Uruguai um torcedor paralisou o jogo por alguns instantes, pois atravessou o campo com uma bandeira LGBT e uma camiseta com duas frases: na frente, “salve a Ucrânia”; atrás, “respeito pelas mulheres iranianas”. Uma clara demonstração de luta e defesa do imperialismo.
Desde quando foi anunciada a Copa do Mundo no Catar, houve uma ampla campanha do imperialismo de ataque aos costumes do país. Um desses ataques foi em relação à questão da mulher, que é especialmente oprimida no regime reacionário catarense. Outra polêmica foi a braçadeira com as cores do arco-íris que seriam usadas pelos capitães dos diversos times europeus, mas que foram proibidas no Catar. Fala-se muito nas coisas que são proibidas no país, porém não falam da opressão que as mulheres do mundo ocidental também sofrem, uma demonstração de demagogia.
Essas duas questões tem gerado diversas polêmicas em relação à Copa do Mundo. Porém, tratam-se de questões puramente demagógicas. Afinal, o imperialismo é o principal responsável pelo estado atrasado dos países do Oriente Médio. Sem contar no fato de que a utilização ou não de uma bandeira com um arco-íris, independente da situação, não mudará verdadeiramente a situação da população LGBT no mundo.
É apenas mais uma política farsesca e oportunista do imperialismo, uma tentativa de dizer que os europeus e os norte-americanos são civilizados, enquanto restante do mundo não. Logo, conclui-se que a política imperialista de invasão de países atrasados é correta, pois trata-se de uma libertação dos povos oprimidos.
O que muda realmente a questão dos oprimidos é a questão financeira. A mulher é oprimida por causa da questão salarial, principalmente, e o gay também. É uma questão de classes, e não de mera identidade. Finalmente, mesmo que em níveis diferentes, a mulher trabalhadora e o LGBT trabalhador sofrem as mesmas opressões que o restante da classe operária.
A luta do gay e da mulher passa pela luta de classe, na qual a mulher e o LGBT trabalhador são tratados diferentes pela questão de classe. A mulher burguesa e o LGBT burguês estão com suas vidas resolvidas, ao contrário dos trabalhadores que são massacrados diariamente pelo capital independente de ser homem, mulher, da comunidade LGBT ou não.