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Vitória de Lula

O bolsonarismo perdeu uma batalha, agora devemos vencer a guerra

Mobilização permanente para garantir a vontade do povo

Nem o golpe, nem o bolsonarismo nem o fascismo serão derrotados nas eleições, mas sem dúvida foi um passo importante. Foi fruto de uma mobilização, que precisa continuar essa sim capaz de derrotar a direita definitivamente.
Mal terminaram as eleições, dia 30, e praticamente às vésperas das comemorações dos eleitores, já vimos os caminhoneiros anunciando greve sugerindo uma insatisfação com o resultado das apurações, que demonstraram uma vitória apertada para a classe trabalhadora diante do assalto que foi feito em 2016 com a vitória do fascismo da burguesia, que culminou num tipo fascista como Bolsonaro e a instabilidade gerada por ele.

Sempre a luta de classes.

Tal consideração mostra perfeitamente o resultado da luta que, na verdade, não terminou nas eleições, as eleições são apenas uma expressão da luta destas classes. A luta dos diversos setores da burguesia contra qualquer tipo de vitória que possa ter a classe trabalhadora, aquela que vende sua força de trabalho para sobreviver em meio a um sistema capitalista que, cada vez mais, quer se apoderar da força do trabalhador para gerar lucro a uma minoria que detém os meios de produção de riquezas bem como as riquezas em si. Em cada fase da luta entre as classes trabalhadoras e a classe dominante vamos ter várias nomenclaturas que representam esta luta, no momento é chamada de bolsonarismo, como uma maneira de esconder a verdadeira luta que se trava há anos nas sociedades.

Bolsonarismo sofre primeira derrota importante

O resultado das urnas foi apenas uma acomodação a um movimento de grande insatisfação que se verifica no Brasil e no mundo todo, da classe operária demonstrando que as imposições que lhe estão sendo colocadas diariamente não serão aceitas, em parte ou de maneira nenhuma. Tudo depende do nível de consciência da classe trabalhadora mediante a exploração que sofre da classe dominante.

Como tal, o movimento imposto pela burguesia chamado de bolsonarismo sofreu uma derrota, no último dia 30, no processo que vinha ocorrendo desde o conflito entre a classe trabalhadora e a classe dominante, que culminou no fim da “era FHC”, que trouxe o neoliberalismo, e início da “era Lula”, em 2002. Das greves do ABC ao Planalto, o governo petista tinha em Lula um representante autêntico dos metalúrgicos, que são um grupo importante da classe trabalhadora pois, por força da organização dos trabalhadores, tinha uma certa consciência política pois viviam num cenário de organização de um setor trabalhista que tinha nos sindicatos uma força grande e são um grupo de trabalhadores que têm um determinado nível de conhecimento técnico, o que tornou mais fácil o desenvolvimento de tal consciência. Os sindicatos vieram como saldo da Revolução Russa de 1917, que também foi fruto de mobilização da classe trabalhadora contra um inimigo comum e com o mesmo objetivo da classe trabalhadora até hoje, ou seja, a derrota da classe opressora dominante, a burguesia.

Sobrevida do neoliberalismo

Dessa forma o bolsonarismo é apenas mais uma variante do neoliberalismo que teve que se adaptar para não ser extinto de vez e sofrer uma derrota definitiva pela classe trabalhadora, que demonstrou uma rejeição muito grande à imposição de tal política. O neoliberalismo tem como pilar o achatamento de qualquer direito trabalhista. A burguesia apenas mudou o nome e arranjou uma personagem, Bolsonaro, adequada para conseguir o objetivo de ludibriar a classe trabalhadora da luta contra essa política burguesa, ou, pelo menos, desviar a força da polarização nos movimentos dos trabalhadores contra a burguesia. Criou para tanto um “mito” e concentrou nele todas as atenções com o fim de manter a política do neoliberalismo.

O que fazer?

Cabe aos trabalhadores se reorganizarem e colocarem peso nos movimentos das massas nas ruas. Apesar da dificuldade da classe trabalhadora enxergar o que estava acontecendo, cabe aos partidos de esquerda, hoje, partirem para o trabalho, empurrando o governo para a esquerda. A burguesia tem um mecanismo forte nas instituições e organizado para deter qualquer fortalecimento da classe trabalhadora. A facilidade que têm os partidos políticos de mobilizar os setores da sociedade ajudaria bastante na luta da burguesia organizada contra o trabalhador usando as instituições que ela controla. Como, por exemplo, o Judiciário e seu braço armado, as polícias, e o Congresso, cuja maioria, hoje, é de elementos bolsonaristas.

Mais uma vez a classe trabalhadora brasileira tem uma saída para conseguir derrotar a burguesia na união dos diversos setores de esquerda e seu desligamento da influência imperialista, a fim de ter vitória definitiva contra a burguesia brasileira e a burguesia imperialista. Lula está novamente no jogo com uma vantagem momentânea aceita pela burguesia. Deveria apoiar seu governo na força real que o colocou lá novamente, a mobilização dos movimentos das massas trabalhadoras nas ruas, nos quais o PCO se baseou para influenciar a esquerda brasileira. É preciso concentrar as tensões, as forças, nas mobilizações das organizações dos trabalhadores nas ruas.

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