A direita golpista vem dando passos largos em matéria da política de aprofundamento neoliberal de ataque aos trabalhadores e à população com o andamento da privatização de todo o patrimônio brasileiro.
No reacionário Congresso Nacional, a direita está em plena ofensiva, pondo em prática um plano de entrega do patrimônio da população brasileira para os tubarões capitalistas através das privatizações.
Estão entregando, para o setor privado, tudo que for possível em no que diz respeito à infraestrutura, setores produtivos, serviços etc. Que fique explícito: os golpistas entregarão de uma só vez o patrimônio da população do país. Rodovias, usinas hidrelétricas, portos, aeroportos, rodovias, telecomunicações, ferrovias, empresas de saneamento de água e esgoto, sistema de transmissão de energia, Correios, Petrobras, Bancos Públicos etc. Tudo está na lista. No Senado Federal, tramita, neste exato momento, a entrega da Eletrobrás, Correios e Refinarias (como a refinaria Isaac Sabbá, em Manaus AM).
A proposta de privatizar tudo isso revela o caráter abertamente entreguista da direita golpista e expressa a voracidade dos tubarões capitalistas de se apossarem do patrimônio do povo brasileiro, construído com o suor dos trabalhadores.
A política de privatização nada mais é do que entregar o patrimônio público para um punhado de parasitas capitalistas, aumentando a exploração dos trabalhadores e da população. É sempre bom recordar que as privatizações realizadas no governo de FHC (PSDB) – Vale do Rio Doce, Telefonia, Empresas de Energia, de Água e quase todos os bancos estaduais – nada mais foram do que a entrega à preço de banana das empresas nacionais em que os trabalhadores e a população só “ganharam” a piora na qualidade dos serviços, aumento das tarifas, demissões, arrocho etc. Favorecendo, assim, os interesses de grupos estrangeiros que compram as empresas estatais e repassam ao exterior os lucros e recursos gerados no Brasil, deixando a população com a conta para pagar.
Nos bancos públicos, o caminho das privatizações vem sendo pavimentado, desde o golpe de Estado de 2016, principalmente com a entrega das subsidiárias desses bancos. O Banco do Brasil se desfez de importantes ativos ao vender subsidiárias, tais como o BI (Banco de Investimento), IBR Brasil (seguradora), Banco Votorantin, Neoenergia, e já anunciou a venda da BB DTVM e o BB Américas. Na Caixa Econômica Federal, da mesma forma como vem acontecendo no BB, o caminho da sua privatização já vem se intensificando desde o período do golpe, indicando a entrega desse imenso patrimônio do povo brasileiro.
A direção da Caixa anunciou a criação do banco digital, que ainda precisa ser aprovada pelo Banco Central e pelo Conselho de Administração da Caixa, banco esse que terá um outro CNPJ e será responsável pelo pagamento de todos os benefícios sociais operados pela Caixa. Esse banco digital irá passar por um processo de abertura de capital (IPO) no Brasil e no exterior, o que significa que a administração desses gigantescos recursos passarão para mãos privadas, tais como a Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, crédito imobiliário etc.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa, desde que assumiu a direção da empresa, vem sistematicamente implementando mediadas no sentido de privatizar o banco, entregando suas subsidiárias, como foi o caso da Lotex, que foi doada para um grupo formado pelos capitalistas imperialistas norte-americanos e ingleses. O próprio Guimarães já admitiu diversas vezes que não vê problemas na possibilidade de abertura de capital da Caixa.
O projeto entreguista da direita golpista só pode ser barrado por meio de uma ampla mobilização. É urgente realizar já, neste exato momento, uma campanha real de mobilização e de denuncia da política da direita golpista e das suas consequências para os trabalhadores e o conjunto do povo brasileiro. É necessário impulsionar um movimento amplo de luta contra o golpe e, nessa campanha salarial da categoria bancária que já se iniciou, organizar, com as demais entidades de luta dos trabalhadores das empresas estatais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e, consequentemente, a greve dessas categorias contra as privatizações. É preciso aumentar a mobilização, aprofundando a participação dos trabalhadores na luta contra a direita golpista em defesa do patrimônio dos brasileiros. Criar Comitês de Luta nos locais de trabalho, que tenha como eixo fundamental de mobilização o Fora Bolsonaro e todos os golpista e, acima disso, Lula presidente.