Francisco Weiss

Militante do PCO em São Paulo. Juntou-se ao partido em 2018, em meio à campanha da luta contra o golpe e pelo “Fora Bolsonaro”. É membro da coordenação do Grupo por uma Arte Revolucionária Independente (GARI), além de dirigente do PCO em São Paulo. Apresenta de segunda a sexta o programa Reunião de Pauta na COTV e outros programas do Canal e também da Rádio Causa Operária.

Arma letal dos identitários

Molho de tomate sobre tela

Ativistas ambientais encontram ligação surreal entre um pintor holandês do sec. XIX e a crise dos combustíveis

Circulou pelas redes nos últimos dias um vídeo de duas ativistas jogando sopa de tomate no quadro “Girassóis”, de Vincent Van Gogh. Após emporcalharem uma das mais famosas obras de arte da história, uma das duas mulheres, trajadas com uma camiseta com as palavras “just stop oil” (apenas pare o petróleo), profere um discurso mais ou menos como segue abaixo (tradução livre):

“O que vale mais? Arte ou a vida? [a arte] vale mais do que comida? Vale mais do que justiça? Vocês estão mais preocupados com a proteção de uma pintura ou do nosso planeta e povo? A crise do custo de vida é também a crise do petróleo. O combustível está inacessível para milhões de famílias com frio e fome. Eles não têm dinheiro nem para aquecer uma lata de sopa (…) Nós não conseguimos comprar petróleo e gás e isso vai nos levar tudo que amamos”

O protesto fajuto ocorreu no National Gallery, em Londres, e é parte de uma série de outros protestos fajutos que grupos de ativistas ambientais estão fazendo na Inglaterra. E muitos são nesse mesmo esquema: vandalizam ou atacam alguma obra de arte famosa para “chocar” os espectadores.

A pintura não é apenas a mais famosa de Van Gogh, mas também era a que o pintor holandês tinha mais orgulho. Ele fez quatro pinturas retratando girassóis, com a intenção de decorar a casa amarela de seu amigo Paul Gauguin, na França, e essa é datada de 1888. Estima-se que o valor do quadro atualmente seja de cerca de 100 milhões de dólares.

O sentido de “protesto ambiental” da ação absurda mostra que se trata de algo feito por identitários. É mais uma evidência de que esse setor, que procura se apresentar como esquerda, é um dos maiores inimigos da arte e da cultura. Tanto quanto a extrema-direita. Aqui no Brasil, defendem que toda a história do país seja “apagada” ou “cancelada” devido a certos acontecimentos imorais. No mesmo sentido, em outros países, atacam obras de arte e fazem protestos escandalosos.

Convém ressaltar também o absurdo da proposta. Pedir para interromper a utilização de combustíveis fósseis é o mesmo que Sônia Guajajara e o PSOL procuram exigir que seja defendido por Lula e a esquerda no Brasil. Trata-se de um mundo de fantasia, em que não seria necessário nenhum dos derivados do petróleo: gasolina, querosene, diesel, plástico, diversos tipos de lubrificantes e removedores de tinta. 

Os identitários estão bem amparados pelo imperialismo para fazer esse tipo de ação desagradável. O vídeo, evidentemente, causa uma má impressão e uma repulsa imediata em qualquer pessoa que assiste. É bom dizer que, em breve, o imperialismo irá abandonar essa política e esses elementos correm o risco de se enfrentar com a raiva popular devido às suas peripécias.

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