Há 526 mil famílias em situação de extrema pobreza no país à espera do auxílio do Brasil sem nenhuma garantia de entrada no programa.
Entre novembro e dezembro, o governo recebeu cerca de 1.104.069 milhão de inscrições de famílias no cadastro único. Além de mais de meio milhão em situação de extrema pobreza, há outras 165.199 em situação de pobreza, ambas elegíveis para o auxílio Brasil.
Na teoria, famílias extremamente pobres seriam incluídas imediatamente no programa. Já as famílias pobres apenas teriam o direito se tiverem gestantes, nutrizes ou pessoas com até 21 anos que tenham concluído a educação básica ou que estejam matriculadas.
Sabendo que quase 28 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil (de acordo com a FGV social) e estando desempregados 14,4 milhões de brasileiros(segundo o IBGE), fica então a pergunta: Quantas dessas famílias pobres, sem nenhuma expectativa de condição digna de vida, serão contempladas pelo Auxílio Brasil?
Esse “auxílio” já surge como uma farsa com a intenção de acabar com o Bolsa Família, que apesar de ser uma renda baixa, era fixa e contemplava muito mais famílias, diferentemente do auxílio Brasil que filtra quantos brasileiros “merecem” entrar no programa e tem prazo de validade.
Com a inclusão de 3 milhões de famílias no programa em janeiro, o governo anunciou que teria “zerado a fila de espera”. Porém, como tudo no governo Bolsonaro é farsa, foram usados dados de referência de meses anteriores ao auxílio Brasil e as famílias que conseguiram recentemente entrar no cadastro não tem previsão de quando vão receber o benefício.
Quando sancionou a lei do auxílio Brasil, Bolsonaro, em mais um de seus ataques contra o povo que já passa fome, vetou o trecho que previa a entrada automática de famílias que preenchessem os critérios de inclusão.
“Isso se deu porque a vinculação de atendimento de todos os elegíveis, de forma automática, altera a natureza da despesa do programa de transferência de renda do governo federal e acarreta, consequentemente, ampliação das despesas sem a devida previsão orçamentária”, afirmou a nota do governo justificando o veto.
Porém, não importou tanto as tais “despesas” quando foi dado de bandeja 1,2 trilhão adicionais aos bancos (que supostamente seriam para emprestar para pessoas e empresas, mas os bancos mantiveram o mesmo patamar de financiamento. Para onde foi esse dinheiro?).
Está mais do que claro que a intenção de Bolsonaro assim como de toda a direita é desviar todo o dinheiro, que seria para ajudar a população pobre e miserável, para as garras dos capitalistas.
Esta é, sempre foi e sempre será a política da direita.
E a única forma de mudar isso é com um governo que atenda as necessidades dos trabalhadores e que trabalhe em favor da soberania e do desenvolvimento nacional, e não contra. Para isso, o PCO convida a todos os leitores a se organizar nos comitês por Fora Bolsonaro e Lula Presidente, a única forma de desmontar o golpe que perdura desde a derrubada da ex-presidenta Dilma Rousseff, que foi, acima de tudo, um golpe contra a classe trabalhadora brasileira.
Apenas a mobilização popular é capaz de levar um programa de governo totalmente à esquerda e de cortar as garras do imperialismo norte-americano no Brasil!
