Neste início de novembro ocorre a 27ª COP, Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, no Egito. O evento conta com a participação de 202 países, com destaque para o protagonismo dos países imperialistas e tem como objetivo discutir a questão climática.
De maneira geral, a conferência lista quem são os países mais poluidores do mundo e estabelece metas para a diminuição de emissão de CO2, para a utilização de métodos de energia verde e outros pontos que, em tese, seriam benéficos para o meio ambiente.
Todo o evento gira em torno de uma enorme demagogia por parte do imperialismo, que diz estar fazendo algo pelo meio ambiente, mas, em 27 anos, não faz nenhuma política séria para tentar reverter a situação a qual diz ser tão desesperadora.
Uma das políticas a qual o imperialismo insiste em querer meter o dedo é a questão da Amazônia. Essa, que é a maior floresta do mundo, está presente em diversos países da América do Sul, sobretudo no Brasil, ocupando, inclusive, cerca de 59% de seu território.
Isso faz com que o Brasil, País de tamanho continental, ganhe uma importância absurda na discussão da COP — assim como o resto da América do Sul quando se trata da Amazônia. Já é de conhecimento geral o que Bolsonaro fez durante seu governo com a vegetação brasileira e como isso repercutiu no mundo. Isso, no final das contas, fez com que diversos países imperialistas começassem a criar a ideia de que seria necessária uma internacionalização da floresta.
Isso, obviamente, é um absurdo. Primeiro porque se trata do território brasileiro — mais especificamente, de 60% do território do País. É impensável entregar mais da metade de um país para o imperialismo. Em segundo lugar, isso tudo é demagogia — o imperialismo não tem interesse nenhum em proteger a Amazônia, mas sim em ter um território grande e rico tanto em recursos naturais quanto estrategicamente localizado.
É evidente que outros países da América do Sul também seriam afetados por essa medida. Tendo em vista todo esse problema, líderes de países do continente se manifestaram sobre o assunto. Destacamos, em específico, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro:
“Se nós, sul-americanos, temos alguma responsabilidade, é deter a destruição da Amazônia e iniciar um processo de recuperação coordenada”.
Maduro reforçou que quem deve cuidar da Amazônia são os sul-americanos, ou seja, o próprio povo que vive nela — é essa a política a ser seguida. É possível até mesmo fazer, como proposto, uma aliança entre os países que possuem a floresta para preservá-la, mas, no fim das contas, cada povo deve cuidar de seu território, sem interferência do imperialismo.
Nicolás Maduro, como um presidente já calejado pelas façanhas imperialistas que aplicam embargos a seu país e o difamam na imprensa até não poder mais, tem consciência dessa ideia e sabe que apenas o povo sul-americano deve cuidar da Amazônia. Essa é a política correta — o imperialismo não deve ter controle sobre nenhum território, sob qualquer hipótese.