A campanha do Partido dos Trabalhadores a reboque da direita golpista é um desastre total. Haja visto que Alckmin não contribuiu em nada para a votação do Lula, muito pelo contrário, o que fez foi, indispor parte da militância mais combativa do PT, à virar as costas para a mobilização de rua e popular. Por outro lado, a direita explorou muito bem a situação, jogando lama na candidatura do ex-presidente o tempo todo, por esse tipo de aliança antipopular.
É preciso deixar claro que o apoio do Partido da Causa Operária a candidatura Lula é incondicional, independente destes embustes e as alianças espúrias que o PT está fazendo. No entanto é preciso alertar que os marqueteiros da burguesia, ligados a campanha estão completamente errados, na tentativa de levar a candidatura mais a direita ou ao “centro”, no país onde a polarização politica entre esquerda e direita esta nitidamente clara e a flor da pele.
Ao invés de se apoiar em candidatos como Ciro Gomes e Simone Tebet que são totalmente odiado por toda a esquerda e os trabalhadores do Brasil, para angariar votos, o PT precisa ir em direção das ruas, dos bairros populares, das favelas, dos sindicatos, como a CUT por exemplo, dos movimentos sociais como o MST, enfim, buscar uma campanha classista, popular, ir de encontro ao povo, aos trabalhadores.
Outro ponto importante é radicalizar o discurso. Sair desse joguinho bobo de acusação abstratas contra o atual governante e partir para um ataque real e concreto. Denunciar a destruição dos direitos trabalhistas, as privatizações, como a da Eletrobrás, fim dos programas sociais, como Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, etc. mostrar claramente o desmonte que o governo vem fazendo na Petrobrás, vendendo nossas riquezas, o capachismo e a subordinação de Bolsonaro aos grandes empresários e ao imperialismo.
De nada adianta um discurso de amor contra o ódio, quando a população passa fome e não sabe se vai conseguir um bico para trabalhar no dia seguinte. Como o povo também não suporta esses direitistas que o PT resolveu colocar na campanha ao lado do Lula, o certo é esconder esse pessoal, não levar e nem apresentar esses inimigos dos trabalhadores em os comícios públicos e eventos populares. O certo é trancar o Alckmin num baú, fingir que não existe e ir no meio da população.
Convocar o população a lutar contra o regime golpista. Mostrar que toda a crise, que o episódio grotesco contra a Dilma Rousseff em 2016, causou nos direitos dos trabalhadores, na soberania nacional, é culpa da direita e do imperialismo. Deixar claro quem são os inimigos do povo brasileiro, o que representou a Lava Jato, o que foi a prisão farsa do ex-presidente por 580, apontar que Bolsonaro é simplesmente o resultado de uma manobra macabra da burguesia contra o povo brasileiro e seus direitos.
Por fim a campanha de Lula deve dar uma guinada à esquerda, usar vermelho, não dar nenhum protagonismo para os elementos direitistas, melhor, esconder esse pessoal que a população odeia. Caso contrário, se não colocarmos o bloco na rua, se não nos apoiarmos nas massas para vencer as eleições é certo de que vitória não virá, e amargaremos a derrota deixando golpistas e a direita como democratas o que vai doer mais ainda.