Em encontro com o editor-chefe do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, e com o embaixador do site, Joseph Farrell, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva expressou apoio ao jornalista e ativista Julian Assange, classificando a sua prisão como injusta e pedindo a sua libertação.
A reunião aconteceu em Brasília e Lula foi informado também sobre o estado de saúde do fundador do site WikiLeaks. Em postagem no Twitter, o futuro presidente do Brasil declarou o seguinte: “Estive com @khrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, e com o editor Joseph Farrell, que me informaram da situação de saúde e da luta por liberdade de Julian Assange. Pedi para que enviassem minha solidariedade. Que Assange seja solto de sua injusta prisão”.
Assange está preso no Reino Unido, desde 2019, onde avaliam a sua extradição para os EUA, onde a pena prevista para ele é de 175 anos de prisão.
O jornalista tem 18 acusações de espionagem por ter divulgado informações sigilosas do governo norte-americano. Entre as revelações, estava a denúncia de como os EUA promoveram e financiaram golpes de Estados em outros países.
A declaração de Lula é mais uma demonstração de que o petista não é o presidente que o imperialismo queria para o Brasil. Ao contrário do ex-presidente equatoriano Lenín Moreno, que traiu a base que o elegeu e entregou Assange às autoridades britânicas, Lula decidiu não baixar a cabeça para o imperialismo e denunciou um dos maiores atentados à liberdade de imprensa no mundo.
Assim como hoje é Assange, Lula também já foi um prisioneiro do imperialismo, quando passou 580 dias encarcerado em um prédio da Polícia Federal. A prisão de Lula fez parte de uma operação comandada pelo Departamento de Estado norte-americano para impedir sua participação nas eleições de 2018.