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Governo anti-imperialista

Lula indica que Brasil não irá se ajoelhar diante dos EUA

Em seu discurso proferido logo após o resultado das eleições deste ano, Lula deu sinais de que será uma força contrária à ingerência imperialista no Brasil e no mundo

Neste domingo (30), após declarada sua vitória como presidente do Brasil na votação mais acirrada de toda a história do País, Lula, em coletiva de imprensa, realizou o seu primeiro discurso como presidente eleito. Além de agradecer àqueles que participaram de sua campanha, o ex-presidente demonstrou quão à esquerda foi, de fato, a sua campanha eleitoral e, consequentemente, quão progressista será seu novo governo.

Principalmente em relação à sua política para o exterior, Lula mostrou que não se ajoelhará diante do imperialismo, dando sinais de que defenderá a soberania brasileira e que, para tal, levará adiante reivindicações verdadeiramente progressistas.

“Queremos um comércio internacional mais justo, retomar nossas parcerias com os Estados Unidos e a União Europeia em novas bases. Não nos interessa acordos comerciais que condenem o nosso país a eterno exportador de commodities e matéria-prima. Vamos reindustrializar o Brasil, investir na economia verde e digital, apoiar a criatividade dos nossos empresários e empreendedores. Queremos exportar também a inteligência e o conhecimento.”, colocou o presidente minutos após ser eleito.

Ou seja, Lula se colocou como um estadista que promete seguir os passos de Getúlio Vargas, pai da indústria nacional, no que diz respeito à sua política de desenvolvimento social. Um avanço absolutamente essencial para tirar o povo brasileiro da miséria que o golpe imperialista impôs contra ele.

Ademais, o petista afirmou que lutará por uma “nova governança global, com a inclusão de mais países no conselho de segurança na ONU e com o fim do direito a veto que prejudique o equilíbrio entre as nações”. Uma posição anti-imperialista que vai de acordo com as recentes declarações de Putin no que diz respeito ao estabelecimento do que ele chama de uma “nova ordem mundial”.

Em conjunto com suas colocações, líderes nacionalistas de países oprimidos pelo imperialismo, como é o caso da Venezuela, de Cuba, da China, da Rússia e de Honduras, foram prontamente às suas respectivas redes sociais parabenizar Lula por seu novo mandato, afirmando que veem com bons olhos a administração do petista no que diz respeito ao restabelecimento das relações entre o Brasil e seus países. Mais um fator que joga Lula à esquerda na questão internacional.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, afirmou que ligou para Lula após o resultado das urnas para “retomar agenda de cooperação” entre o Brasil e a Venezuela.

“Tive uma boa conversa por telefone com o Presidente eleito da República Federativa do Brasil Lula, na qual concordamos em retomar a Agenda de Cooperação Binacional entre nossos países. Agradecemos sua disposição!”, disse Maduro em sua conta no Twitter.

Ademais, auxiliares de Lula revelaram, segundo a Folha de S. Paulo, que  seu governo deve reabrir a embaixada brasileira em Caracas, capital da Venezuela. Além de não reconhecer mais a legitimidade do golpista Juan Guaidó, fantoche da CIA que teve sua tentativa golpista derrotada pelo povo venezuelano.

Em suma, Lula indica que o Brasil não irá se ajoelhar diante, principalmente, dos Estados Unidos. Ele se colocou, inclusive, contrário à entrega da Amazônia ao imperialismo, afirmando que protegerá “todos os nossos biomas, sobretudo a floresta amazônica”.

O principal indício de que será, de fato, uma força contrária ao imperialismo, entretanto, ainda está por vir: a sua posição oficial em relação ao problema da China e da Rússia. Lula deve ser categórico e defender com toda a sua garra a soberania russa frente aos ataques da Otan, que utiliza a Ucrânia como bucha de canhão. Ademais, deve aproximar o Brasil da China, se colocando à favor, por exemplo, do gigante asiático na questão de Formosa.

Seja como for, fato é que, de maneira acertada, Lula apostou na mobilização dos trabalhadores brasileiros para se eleger em uma campanha muito parecida com a de 1989, sua primeira eleição. Ou seja, foi eleito pela classe operária que, agora, ajudará e pressionará Lula para que governe cada vez mais à esquerda.

Os interesses do imperialismo são, por definição, completamente contrários aos dos trabalhadores. Finalmente, é um sistema que se baseia na exploração dos povos oprimidos para existir. Consequentemente, o caráter progressista de Lula tende a se intensificar cada vez mais, afinal, o povo não deixará que volte atrás tão facilmente com aquilo que já prometeu. E isso inclui a sua luta contra o domínio imperialista sobre o Brasil.

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