O companheiro Lula, candidato do PT à presidência da República, estava com 51% das intenções de voto nas periferias, à frente de Jair Bolsonaro, que apareceu com 38%, conforme pesquisa Ipec divulgada na semana passada.
A vantagem é maior do que se comparada com o eleitorado geral, em que Lula e Bolsonaro estão praticamente empatados. Isso significa que os pobres, negros e trabalhadores da periferia preferem Lula a Bolsonaro, porque entendem que Lula os representa, enquanto Bolsonaro representa seus inimigos de classe.
Além disso, é preciso ter em conta que as pesquisas não são minimamente confiáveis. No primeiro turno, apresentaram Bolsonaro com um apoio muito menor do que foi demonstrado nas urnas. Neste segundo turno, apresentam Bolsonaro, em alguns levantamentos, até mesmo à frente de Lula.
Usando a lógica, e percebendo que o petista está realizando enormes comícios nas favelas e periferias, que suas promessas atingem exatamente os interesses materiais do povo humilde (salário, emprego, comida etc.), enquanto Bolsonaro está sendo financiado a rodo pelos grandes capitalistas, é possível chegar facilmente à conclusão de que o apoio a Lula poderia certamente ser ainda maior do que o expressado nas pesquisas, principalmente nas periferias.
Por isso, o companheiro Lula precisa apostar na mobilização das massas populares. Esta semana está marcado apenas um ato de campanha na rua, sendo que é a última semana antes do segundo turno. Lula deveria utilizar toda a sua influência no PT, na CUT e nos movimentos sociais para convocar cada militante, filiado e simpatizante a fazer como ele mesmo indicou na última sexta feira: ir de casa em casa conquistar o voto dos trabalhadores, conversando e convencendo os eleitores a votar no 13.
É preciso organizar mutirões de panfletagens em todos os bairros populares e operários, nas favelas, nos morros e na periferia para garantir a vitória do candidato do povo.