Os banqueiros do banco imperialista espanhol Santander, estão, mais uma vez, rindo à toa com o resultado dos seus lucros do ano passado no Brasil.
Dados divulgados recentemente apresentam um lucro gerencial, no 4º trimestre de 2021, de R$3,88 bilhões e, um lucro líquido no valor de R$16,347 bilhões ao longo de todo o ano, um aumento, em comparação com 2020 de 7%.
Dentre esses números gigantescos, como por exemplo a carteira de crédito do banco, que ficou em R$462,749 bilhões no final de dezembro de 2021, expansão de 12,4%, na comparação com o mesmo mês de 2020, números esses que representam a participação da filial brasileira em 27% do lucro global do banco, o Santander apresentou um lucro em receitas de prestação de serviços e tarifas de R$ 4,980 bilhões, enquanto que, em todo o ano de 2021, essas mesmas receitas totalizaram R$18,879 bilhões, uma elevação de 13,9% em relação ao ano de 2020.
Todos esses números revelam que o Brasil é um verdadeiro paraíso para os banqueiros e, mostra a total contradição entre os lucros dos banqueiros e a miséria dos trabalhadores bancários e a população em geral. As receitas com prestação de serviços e tarifas, nesse sentido é muito revelador; são taxas de juros e cobranças extorsivas, com valores nas alturas, que a população é obrigada a pagar, para manter os privilégios de meia dúzia de banqueiros parasitas. Enquanto os banqueiros do Santander lucram bilhões, os seus funcionários amargam com o arrocho salarial, descomissionamentos, assédio moral para o atingimento de metas de vendas de produtos bancários, demissão em massa, etc. No mesmo ano em que os banqueiros imperialistas, em solo brasileiro, apresentaram esse lucro extraordinário, o banco fechou 166 agências bancárias e 27 postos de atendimento bancário (PABs). Desde o começo da pandemia foram 341 agências fechadas mais 128 PABs, com a demissão, somente no ano passado, de mais de 3 mil trabalhadores.
Esses mesmos banqueiros sanguessugas, que vivem na jugular da população e dos trabalhadores, desenvolve uma política de terceirização de setores inteiros na empresa, como no caso da área de tecnologia, onde o banco através de um golpe, terceirizou todo o setor, criando uma nova empresa, do mesmo conglomerado do banco, F1RST, em que o trabalhador foi transformado de bancário a terceirizado, onde exercerá as mesmas funções de bancário, só que recebendo menos e sem os direitos da categoria bancária.
Esses banqueiros, que vêm lucrando os tubos de dinheiro, são os mesmos que financiaram o golpe de Estado em 2016, na farsa do impeachment no reacionário Congresso Nacional, que culminou na eleição mais fraudada que o país já presenciou, alçando a presidente da República um verdadeiro capacho dos interesses dos grandes banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais.
Os trabalhadores bancários que, na atual conjuntura, estão comendo o pão que o diabo amassou nas mãos dos banqueiros e seus governos, devem organizar, através das entidades de luta da categoria, uma gigantesca mobilização, de toda a categoria, com plenárias regionais e preparar o Congresso dos trabalhadores bancários, com o objetivo de barrar a ofensiva reacionária da direita golpista. Organizar Comitês de Luta em todos os locais de trabalho, que tenha como um dos eixos principais o Fora Bolsonaro e todos os golpistas; Lula Presidente; por um governo dos trabalhadores!
