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Em alta

Inflação já é de 11,89% nos últimos 12 meses

A inflação acumulada deste ano já é de 5,49%, o maior número registrado neste período desde 2015

A crise econômica de 2008 aprofundada pela pandemia da covid-19, e mais recentemente pela ação militar da Rússia contra a Otan, EUA, Inglaterra e demais aliados em território ucraniano; estão levando o capitalismo à pior crise de sua história.

Além da falta de mercadorias para o abastecimento dos mercados mundiais, influenciada pela elevação dos preços e encarecimento dos custos de transportes, o imperialismo também vem impondo restrições econômicas e financeiras aos países que comercializarem com a Rússia e a Bielorrússia. Tudo isso faz com que a inflação se eleve drasticamente não só mundo, mas no Brasil também.

A imprensa burguesa imperialista tem noticiado com frequência esse fato e, recentemente, apresentou os dados de junho apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o índice que mede a inflação no país, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado).

O que o índice constatou é de conhecimento farto pelo povo brasileiro, que no dia a dia faz compras nos supermercados. Em junho, o IPCA aumentou 0,67%, quando em maio, já havia se elevado em 0,47%. Trata-se do maior índice apurado para meses de junho desde 2018.

No ano de 2022, a taxa acumulada é de 5,49%, sendo a maior desde 2015. Nos 12 últimos meses, até junho, ela cresceu 11,89%. Nos 12 meses antecedentes que se encerrou em maio tinha atingido 11,67%.

Como sempre, os grupos de alimentação e bebidas foram os mais duramente atingidos. Com isso, foi a primeira vez nos últimos 20 anos que o índice se manteve acima dos dois dígitos e por período tão longo, somando 10 meses seguidos de inflação em alta.

Os resultados da inflação obtidos pelo instituto do IPCA são apresentados desta maneira: Vestiário, 1,67%; Saúde e cuidados pessoais, 1,24%; Alimentação e bebidas, 0,80%; Transportes, 0,57%; Artigos de residência, 0,55%; Despesas pessoais, 0,49%; Habitação, 0,41%; Comunicação, 0,16%; e Educação, 0,09%. Dos 377 produtos pesquisados, 252 tiveram alta nos preços.

O item de serviços acelerou de 0,80% em maio para 0,90% em junho, sendo que as passagens aéreas sofreram com alta de 11,32%. Ademais, no mês anterior, havia aumentado em 18,33%.

O instituto destaca a situação dos planos de saúde, com 2,99% de aumento devido à alta de 15,5% autorizada pela ANS (Agência Nacional de Saúde) em maio. Destacamos que 15,5% é um aumento bem acima da inflação oficial.

O Conselho Monetário Nacional fixou a meta de inflação em 2022 em 3,5% e, para 2023, foi fixada em 3,25%. Em 2021, a meta foi fixada em 5,25% e a real apurada foi de 10,06%, bem acima da projetada. O mesmo está ocorrendo em 2022 e, muito provavelmente, ocorrerá em 2023, ou seja, bem acima da meta. Temos essa perspectiva devido ao acirramento da inflação, da guerra na Ucrânia, à crescente desindustrialização pela qual passa o Brasil e ao fato de que, até o momento, não existe no horizonte algum indício de que a crise vá ter fim. Pelo contrário, a possibilidade de guerra generalizada tende a se concretizar.

A crise de 2008 encerrou o período onde o neoliberalismo pôde trazer algum alento ao capitalismo. A partir daquele momento, no mundo e no Brasil, inclusive, a margem de manobra do neoliberalismo se encerrou, levando ao acirramento da luta de classes pelo planeta. As ruas demonstram isso na França, na Inglaterra, nos EUA, no Chile, na Bolívia, no Equador etc.

As privatizações de empresas estatais da área de energia, transportes e comunicação em nada resolveram o problema central, que é o declínio acentuado da taxa de lucro na economia.

É como a fábula da galinha dos ovos de ouro, na qual o estado é a galinha que, no desespero por maior lucro, foi estrangulada pelos capitalistas para continuar a fornecer os lucros fáceis. Operação que, diga-se de passagem, não obteve sucesso até o momento, pois a crise apenas e tão somente aumenta em todos os sentidos.

A entrega das estatais e as riquezas minerais ao capital estrangeiro, obtido pela força contra os países em desenvolvimento, aceleram a luta de classes nesses países e nem mesmo os países imperialistas conseguem evitar isso. Consequentemente, perdem a estabilidade política ao mesmo tempo em que cresce o desemprego, a inflação, a fome e a miséria.

Particularmente, a crise entre a Otan, EUA e Inglaterra na Ucrânia contra Rússia e China, tem levado ao pior quadro para o capitalismo. As medidas adotadas pelo imperialismo têm tido efeito contrário ao esperado: estão fortalecendo as economias dos países atacados e estrangulando as economias dos países imperialistas. Basta ver as estatísticas mundiais e as causas da queda de governos importantes como da Inglaterra, notadamente consequência da pressão contra a Rússia e à favor do governo nazifascista de Zelensky.

Enquanto Rússia e China seguem em pleno desenvolvimento de suas economias, apesar das sanções impostas pelo imperialismo, o contrário se manifesta nas economias dos países desenvolvidos. Falta de gás e combustíveis afetam significativamente essas economias e os Russos aumentam as exportações para outros países como China, Irã, Índia e se estabilizam como governos nacionalistas.

Fica claro que o imperialismo está dando as últimas respirações aguardando apenas o último suspiro. Enquanto algumas nações de desenvolvimento atrasado seguem no desenvolvimento econômico e político com excelentes níveis de aprovação do governo, o mesmo não acontece com o imperialismo. Estamos em pleno processo de transição de um modo de produção para outro. É hora de atuarmos colaborando pelo fim do velho e a chegada do novo e maravilhoso modo de produção feito pela classe trabalhadora a nível mundial.

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