Nesta segunda-feira (21), a Rússia reconheceu a independência de duas repúblicas populares na região de Donbass, Donetsk e Lugansk. A medida vem em seguida da quebra dos Acordos de Minsk por parte da Ucrânia que, na última semana, abriu fogo contra as duas regiões.
Desde então, o imperialismo iniciou sua máquina de guerra e demonstrou acentuada hostilidade tanto contra a decisão do Kremlin quanto contra as regiões autônomas. Poucas horas depois, os Estados Unidos anunciaram uma série de sanções econômicas criminosas para Donetsk e Lugansk, proibindo “novos investimentos, comércio e financiamento de pessoas dos EUA para as chamadas regiões RPD e RPL”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ameaçaram também aplicar sanções por parte da União Europeia contra as regiões independentes:
“Este passo é uma violação flagrante do direito internacional, bem como dos acordos de Minsk […] A União (Europeia) reagirá com sanções contra os envolvidos neste ato ilegal.”
Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu seu Conselho de Segurança na segunda-feira (21) à noite. Na ocasião, países como a França, a Irlanda, os EUA, a Inglaterra e mais atacaram a Rússia.
“As fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia permanecerão inalteradas, sem importar as declarações e os atos da Rússia”, disse o embaixador ucraniano nas Nações Unidas.
A própria
Por fim, o Secretário-Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, atacou, também, a autodeterminação dos povos da região de Donbass, defendendo os acordos de Minsk que a própria Ucrânia quebrou.
Ou seja, o imperialismo de conjunto ameaça gravemente as regiões de Donetsk e Lugansk, atacando indiretamente, por meio de sanções, e diretamente, por meio da força militar ucraniana em Donbass. Afinal, tanto a ONU quanto a OTAN e a União Europeia são órgãos inteiramente dominados pelo imperialismo, verdadeiras instâncias dos interesses imperialistas na Europa.
Nesse sentido, é preciso defender incondicionalmente a Rússia em sua luta contra o imperialismo. A autodeterminação dos povos da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk é um direito sagrado e, portanto, não deve ser gerido pelos Estados Unidos.
O que deve ficar claro é que o imperialismo usa a Ucrânia como bucha de canhão para atacar a soberania russa, para saquear o país em prol dos grandes capitalistas. É, portanto, um absurdo que qualquer setor dito de esquerda se coloque contrário à Rússia neste momento. Finalmente, temos aqui uma luta entre opressor e oprimido.