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Identitarismo Neoliberal

Identitarismo neoliberal: Boric saúda mulher de direita no BC

Boric, em governo de transição com Piñera, se entusiasmou com a escolha da nova Presidente do BC

 

Antes mesmo de assumir a Presidência do Chile, o direitista Gabriel Boric, vai confirmando que será um governo fantoche do imperialismo e da burguesia chilena. Como visto no último dia 3, por exemplo, quando foi nomeada a primeira Presidente do Banco Central do Chile, Rosanna Costa.

O Banco Central do Chile, desde 1989, é um órgão que se coloca como um “governo corporativo”. A Lei 21.265 que criou o “governo corporativo” estabele os fundamentos de um Estado dentro do Estado chileno, funcionando de modo privado, embora resguarde apenas a indicação de seu Presidente, por parte do Presidente da República. Trata-se apenas de um ato simbólico, pois é o “mercado” que dá as cartas nessa indicação.

Sobre a recém-nomeada Presidente do Banco Central do Chile, Rosanna Costa, tem um currículo condizente com a tradição econômica neoliberal chilena, sendo Diretora do Banco Central do Chile desde janeiro de 2017. Entre 2010 e 2014, Rosanna já tinha sido  Diretora de Orçamentos do Ministério da Fazenda de Sebastián Piñera. Anteriormente, atuou no Instituto Libertad y Desarrollo (LyD), uma espécie de “Instituto Millenium” do Chile, entre 1993 e 2010, sendo Diretora do Programa Econômico do LyD, onde era pesquisadora de questões relativas à política fiscal e trabalhista, “modernização do Estado” e “mercado de capitais”.

Entre 1984 e 1992, Rosanna Costa foi economista do Banco Central do Chile, nas áreas de contas nacionais e estudos monetários. Foi membro das Comissões Presidenciais de estudo da Reforma da Previdência em 2006, Trabalho e Patrimônio em 2008 e, mais recentemente, do Conselho Consultivo contra Conflitos de Interesses, Tráfico de Influência e Corrupção.

A nomeação de Rosanna Costa ocorreu após Mario Marcel ter declinado de permanecer atuando no Governo Boric. Rosanna, uma das economistas de Piñera, foi então nomeada para um mandato de cinco anos. Contudo, a indicação de Rosanna Costa, faz parte do planejamento de Boric em acalmar seu eleitorado identitário, ao mesmo tempo que sinaliza ao imperialismo que manterá a política econômica.

Apoiadores de Boric acreditam que as mudanças constitucionais poderão atingir a estrutura do Banco Central do Chile, porém, Rosanna e Mario Marcel atuam juntos há muito tempo, e a saída de Marcel neste momento, faz parte de um orquestração para manter a mesma política por mais tempo, ou seja, se Marcel continuasse, ele teria menos de um ano de mandato à frente do Banco, e Boric poderia escolher alguém teoricamente de modo “mais independente”. No entanto, Piñera e Boric estão trabalhando com grande desenvoltura na transição de governo. Inclusive Boric demonstrou bastante entusiasmo com sua homóloga chilena (afinal, serão dois governos dentro do Estado chileno).

Boric, com isso, antes mesmo de iniciar seu governo, frustra os chilenos, mas serve de alerta para o Brasil, pois as mudanças constitucionais em curso no Chile, contemplaram a formação de Frentes comparáveis ao modelo de Federações Partidárias, que vem sendo empurradas goela abaixo no povo brasileiro.

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