Golpe na praça

Identitarismo imperialista tenta inverter opressão na Ucrânia

Vídeo da BBC critica o presidente russo, Vladimir Putin, por ser um "modelo de virilidade"

Um vídeo publicado pelo canal da BBC no Youtube, intitulado “Como Putin converteu Rússia em ‘potência masculina’ e inspira Bolsonaro” deixa muito claro um dos aspectos essenciais da política do imperialismo contra os governos e os países que procura submeter aos seu interesses e contra os povos explorados de um modo geral.

Nele, o poderoso órgão da imprensa imperialista britânica procura atacar o presidente russo, Vladimir Putin, de diversas formas, a começar pelo próprio título estampado no card de divulgação do programa no canal no Brasil, que procura aproximar o dirigente russo de Bolsonaro, sendo um “inspirador” de Bolsonaro.

O fundamental é que o vídeo é uma clara expressão da tentativa de atacar aquele que é, neste momento, um dos maiores adversários políticos da criminosa política do imperialismo de se aliar aos nazistas que integram o governo da Ucrânia para impor os interesses do imperialismo na região, intensificando a pressão sobre o governo e o povo russo.

Sob a “acusação ” de que Putin faz campanha de sua suposta virilidade, valendo-se inclusive de imagens de mais de 10 anos atrás feitas por “modelos” de universidade local posando para fotos em homenagem ao aniversário de Putin, como uma suposta prova de posições reacionárias do presidente. De forma semelhante ao que fizeram nas últimas décadas do século passado, quando uma das principais acusações contra os chefes de Estado que o imperialismo queria derrubar era acusá-los de “ditadores”, como se deu com Saddam Hussein (Iraque) e Muammar al-Gaddafi (Líbia) – entre outros-, ou de “corruptos”, como Dilma e Lula no Brasil, também entre outros.

A nova arma maior do imperialismo

No momento em que a ofensiva contra a Rússia assume proporções que podem levar a uma guerra de grande importância nas portas da Rússia e da Europa, com reflexo em todo o mundo, o imperialismo resolve lançar mão de sua política identitária acusando o chefe de Estado russo de adotar uma atitude machista ou de buscar se apresentar como “um modelo de virilidade e masculinidade a inspirar políticos ao redor do mundo”, seja lá o que isso represente de negativo para os identitários. Na campanha contra Putin, a BBC apresenta como seguidores desse modelo o ex-presidente norte-americano Donald Trump e o presidente ilegítimo do Brasil, Jair Bolsonaro.

Como de costume, a direita omite os seus interesses escusos de dominação e subjugação dos povos da região – numa aliança com nazistas e outros setores reacionários da Ucrânia – usando para isso uma propaganda demagógica.

A campanha da BBC se soma a outras iniciativas que têm o mesmo objetivo: ocultar os interesses do imperialismo na Rússia e em toda a região, que são de desestabilizar o país por ser um país rebelde contra a dominação imperialista.

Trata-se de atacar Putin, porque ele comanda um país que  é uma verdadeira “pedra no sapato” do imperialismo que quer saquear todos os povos do planeta para expropriar os países capitalistas atrasados e todos os demais, para alimentar os abutres imperialistas, diante da crise histórica do capitalismo.

Para ocultar seus propósitos e tentar dourar a pílula, o imperialismo procura – uma vez mais – apresentar isso como uma luta justa do “bem contra o mal”, dos “defensores dos direitos das mulheres” contra os “machistas” etc.

Tentando inverter a realidade

Com tais manobras, o imperialismo busca inverter a realidade monstruosa da opressão para questões secundárias que são uma consequência direta dessa opressão. A manipulação do identitarismo pelo imperialismo não é ocasional ou fortuita. É justamente o seu objetivo.

Essa política reacionária visa dar uma cobertura moral à agressão imperialista à Rússia, porque os “mocinhos” norte-americanos, seus aliados britânicos e até os nazistas ucranianos estariam empenhados em travar uma luta contra o “autoritarismo” e também o “machismo” de Putin.

Escolhem essa forma de demagogia, justamente, porque há hoje em dia na esquerda um setor que defende o identitarismo, segundo o qual a ‘luta contra o machismo’ estaria acima da luta de classes, da luta contra o imperialismo, contra a dominação capitalista etc.

No caso do Brasil, a propaganda imperialista ainda acrescenta a manobra canalha de comparar Bolsonaro com Putin. Assim, se impõe a manobra – sem qualquer fundamento – de comparar Bolsonaro, chefe de um governo golpista que chegou ao governo por meio de uma fraude graças à prisão de Lula e apoiado pelo imperialismo (para derrotar a esquerda) com Putin, que se mantém no governo com apoio popular e enfrentando, justamente, a vontade dos EUA.

Isso quando qualquer comparação com os arroubos ditatoriais de Bolsonaro deveria seria mais próxima da realidade se ele fosse comparado, por exemplo, com o aliado dos EUA que governa a Colômbia, Iván Duque, ou com o próprio Joe Biden. A comparação serve justamente para indispor os brasileiros com Putin, constituindo-se em toda linha em uma campanha reacionária pela intervenção contra a Rússia.

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