A crise do governo fantoche de Volodomyr Zelensky na Ucrânia entrou em uma nova fase de esfacelamento político. Recentemente o presidente veio à público denunciar casos de traição e colaboração com os russos, num claro sinal de que a coalização escolhida pelo imperialismo e que o mantinha no poder já passa a abandona-lo.
Desde o início do conflito é sabido que a Ucrânia não possui a menor condição de enfrentar as forças militares da Rússia em um combate aberto. A tática empregada pelos Estados Unidos e pela União Europeia sempre fora utilizar o país como uma bucha de canhão para tentar desgastar o governo de Vladimir Putin.
Como saldo desta operação os países da OTAN passariam a controlar o país, principalmente no que consiste a liberação de crédito via FMI/BCE condicionado à uma série de reformas neoliberais que estrangulariam ainda mais a população da Ucrânia por décadas sob a justificativa de financiar a sua “reconstrução”.
Para Zelensky cabe apenas intensificar as peças de propaganda barata contra Moscou numa tentativa desesperada de angariar prestígio internacional e ganhar tempo para seus aliados imperialistas. Na vida real o seu governo não apenas é fraco como está se desmanchando a cada dia.
Na acusação de traição feita por Zelensky estariam inclusos 60 servidores da equipe de segurança, incluindo o chefe do setor Ivan Bakanov, e a promotoria de justiça do país na pessoa de Iryna Venediktova.
Bakanov era o então chefe da segurança responsável pela supervisão da região da Crimeia, península incorporada pela Rússia em 2014 após uma consulta à população local. Outros 651 policiais militares ucranianos também estariam colaborando com o Kremlin.
Longe de obter o apoio militar que imaginava, o presidente ucraniano apela aos países imperialistas que mandem mais armamento de longo alcance, o único capaz de fazer algum estrago às forças Russas. Enquanto essa ajuda não chega à Zelensky a Rússia intensifica suas ações militares de neutralização das forças inimigas que restaram.
Por outro lado, o desespero ucraniano faz com que o seu exército, tomado por nazistas, ataque alvos civis no Donbass, região que se levantou contra o Golpe de Estado de 2014. Apenas neste ano os ucranianos já assassinaram 744 civis na República Popular de Donetsk, que assim como Lugansk faz parte da região separatista. Entre as vítimas fatais e não fatais encontram-se 116 crianças.
No começo do mês, e em um intervalo de tempo de apenas 4 horas, o exército ucraniano lançou 100 projéteis de calibre 155mm contra dois bairros de Donetsk. Recentemente também bombardeou uma rodoviária na região que deixou 2 mortos e 3 feridos. O genocídio promovido pela Ucrânia na região do Donbass com armas das potências ocidentais, no entanto, não é sequer notícia na imprensa estrangeira.
Na iminência da derrota militar para a Rússia e da perda considerável de seu território que pode acabar sendo controlado por zonas de influência, além das enormes perdas humanas (soldados) e materiais que o conflito está causando, o que assistimos é a desagregação final do governo fantoche ucraniano e uma colossal derrota dos países imperialistas.