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Ataque à juventude operária

Governo Bolsonaro tenta mascarar número de abstenções no ENEM

Vestibular

Nos últimos dois finais de semana, aconteceram as provas do ENEM por todo o Brasil. Esse exame possibilita que alguns jovens entrem nas universidades, enquanto barra inúmeros outros de realizarem cursos superiores.

Apesar de ocorrer anualmente, o número de inscritos em 2022 foi apenas 60% do total de candidatos inscritos em 2016, logo antes do golpe de Estado que derrubou Dilma e concretizou o ataque dos golpistas aos direitos da classe trabalhadora. Como se já não bastasse metade do número de inscritos, 32,4% desses que pagaram a taxa de inscrição para realizar o vestibular não compareceram no dia da prova. São vários os motivos possíveis para que essa realidade exista, seja por desinformação, falta de acesso aos locais de prova, falta de condições para sequer enxergar um curso superior como uma opção viável ou tantas outras alternativas. O fato único é, portanto, que com a queda da qualidade de vida dos trabalhadores, caiu, também, o número de inscritos e presentes no ENEM.

O governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, por sua vez, agiu como um bom neoliberal faz quando possui o microfone em suas mãos: mentiu. O ministro da educação que ataca a educação disse à imprensa que o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União possuem, em suas mãos, uma investigação em andamento que visa descobrir números inflados de inscrições das edições passadas do ENEM. Por mais que o teatro esteja armado, os atores não são bons em enganar a realidade.

A ficção criada pelo ministro, em nome da equipe do capitão da reserva, revela que a estratégia do governo para tentar camuflar a trágica situação da educação no mandato do Jair é inventar mentiras sobre as gestões passadas. Por ter tido um baixo número de inscritos e presentes, é mais fácil dizer que as outras não tiveram um número mais alto e alegar que havia uma fraude em jogo responsável por inflar os inscritos.

Para começo de conversa, o vestibular não deveria sequer existir. Ele, que já serve como um verdadeiro porteiro para as universidades federais, barra a entrada de jovens geralmente advindos da classe trabalhadora. Um filho de família abastada possui condições de estudar em escolas capacitantes (já que a educação pública vem sofrendo nas mãos dos capitalistas) e cursos que preparam exclusivamente para as provas. Ele sabe, desde que nasceu, que o ritmo natural de sua vida será estudar no ensino fundamental, seguir para o médio, cursar uma graduação e, a partir daí, conseguir um estágio até ser efetivado, sendo sustentado integral ou parcialmente por seus pais. Quando falamos da juventude operária, por sua vez, não existe tal mordomia. A escola vem junto com bicos para ajudar a trazer o sustento para casa e uma universidade, muitas vezes, é uma vontade incerta, sendo dificultada ainda mais com a presença das provas que o impedem de entrar em algum curso superior.

Defender a juventude e a classe trabalhadora é, portanto, defender o fim dos vestibulares, o livre acesso à universidade e o fim do ensino privado.

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