De acordo com o subgrupo técnico sobre Criança e Adolescente da equipe de transição do governo, a fome, a morte e a violência sexual pioraram nessa faixa etária durante este período de Jair Bolsonaro na Presidência da República. Isso caracteriza um retrocesso que nunca havia sido documentado nas condições de vida e na garantia de direitos, principalmente quando se trata crianças e jovens negros, pessoas com deficiência e indígenas.
Ligado a isso, está o aumento da pobreza e da extrema pobreza entre as pessoas que estão entre 0 a 18 anos. Menores de idade estão passando fome, a violência sexual, sobretudo contra meninas, está disparando, as mortes violentas ou por armas de fogo também estão numa crescente e, além disso, também há o destaque para a quantidade de suicídios pelo país.
O subgrupo ainda destaca a queda na cobertura vacinal, o que coloca a população em risco de contrair doenças que já foram erradicadas, como a paralisia infantil, e o número de crianças e adolescentes longe dos estudos.
O advogado e um dos integrantes da equipe de transição, Ariel de Castro Alves, que também é cotado para ficar à frente Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente no Ministério dos Direitos Humanos, afirmou o seguinte:
“Outro ponto de atenção é a ausência de um diagnóstico e de uma política pública para atendimento de crianças e adolescentes em situação de orfandade, grupo que aumentou em função da pandemia de covid-19. “É um cenário bastante arrasador com relação à proteção das crianças e adolescentes no Brasil. Diante disso, os desafios são, de fato, enormes”.