O governo Bolsonaro quer até o final de 2022 implantar 216 escolas “cívico-militares” no Brasil.
Em 2019, o governo fascista de Jair Bolsonaro lançou o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, o Pecim. O Pecim pretendia implantar 200 escolas até o final de 2023. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) informa que há 127 escolas adotando esse modelo em 26 estados, atendendo 83 mil famílias. O governo Bolsonaro está aumentando o número inicial de 200 escolas e antecipando a implantação para até o final de 2022.
Em novembro de 2021, o então ministro da educação Milton Ribeiro disse: “Nós estamos, neste ano de 2021, antecipando a meta que seria alcançada somente em 2023, e teremos 216 escolas cívico-militares até o final de 2022”. O governo Bolsonaro está investindo pesado nesta parceria entre o ministério da Educação e da Defesa, são 14 milhões em 2020 e 46 milhões em 2021, um aumento de 309% no orçamento para essa área. O MEC também informa que há por volta de 300 municípios na lista de espera a fim de aderir ao Pecim.
As escolas ficarão distribuídas da seguinte maneira: 55 escolas na região Sudeste; 52 na região Sul; 44 na região Norte; 36 na região Nordeste e 29 escolas na região Centro-Oeste. O Rio Grande do Sul ficará com o maior número de escolas, 22. Em contrapartida, Roraima ficará com 01.
Para aderir ao Pecim, é necessário atender alguns critérios: baixo desempenho no Índice de desenvolvimento da educação Básica (Ideb), situação de vulnerabilidade social, devem estar localizadas em região metropolitana ou capital, oferecer etapas do ensino fundamental e médio e é necessário aprovação da comunidade para implantação.
Bolsonaro encontrou a fórmula perfeita para implantar mais repressão, juntar pobreza com violência e um discurso de que a militarização das escolas irá resolver alguma coisa. Sabemos que a indisciplina tem vários fatores, entre eles o ensino ruim (que tem como objetivo formar pessoas que sejam obedientes, que não pensem, não façam análise, não critiquem). Afinal, no final do ensino médio, os alunos mal sabem ler e escrever.
Na verdade, esse projeto representa um ataque fascista contra o movimento estudantil e a juventude. É, antes de tudo, uma forma de impulsionar a repressão por meio da disciplina militar contra os estudantes. Algo que criminaliza, na prática, o movimento estudantil.
Portanto, é imprescindível que a juventude se organize, lute contra esse programa fascista indo às ruas pelo fim do golpe e por Lula Presidente!