A burguesia brasileira segue atuando em várias frentes golpistas para impedir a chegada de Lula ao poder pela terceira vez. Nessa semana, o Palácio do Planalto comemorou o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas irregularidades do Financiamento Estudantil (FIES) e de obras inacabadas na educação. É preciso ter 27 assinaturas de senadores para protocolar o pedido. O período a ser investigado? A era PT, entre os anos de 2006 a 2018. Querem apurar mais de 2 mil obras inacabadas. Nessa época muitos direitistas golpistas fizeram parte dos governos petistas. A intenção agora é desviar a atenção da desgraça que é o governo Bolsonaro (PL) e golpear Lula, o candidato mais popular do país.
Enquanto o governo Bolsonaro vive atolado nessa crise política, com inflação e desemprego galopantes e muita corrupção – o que é típico do sistema burguês, que só diz combater a corrupção quando seus opositores chegam ao poder -, a tática para tirar o foco de tudo isso é novamente voltar os olhos para os governos do PT e em especial o de Lula, que continua liderando as pesquisas de intenção de voto, mas permanece estacionado, ao contrário do fascista Bolsonaro, que vem crescendo nas sondagens.
O novo pedido de abertura de um processo para atacar o PT e Lula fora protocolado pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Esses senadores esquecem os vários escândalos envolvendo lobby de pastores no Ministério da Educação, dentre dezenas de outros casos de improbidade administrativa e corrupção.
O presidente golpista do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o parlamento não pode ter fim eleitoreiro, mas é o que o Parlamento faz, sobretudo nesse governo de crise.
“Nós não podemos usar nenhum instrumento com fins eleitorais no Senado Federal, especial no momento em que o Brasil vive uma crise e com o acirramento muito grande da política”, afirmou Pacheco.
Após golpear o povo brasileiro com a corrupta e imperialista operação Lava Jato, cujo fim era derrubar Dilma Rousseff (PT), em seguida prender e cercear a liberdade de Lula, assaltar as riquezas nacionais, acabar com os direitos previdenciários e trabalhistas, elegendo a extrema-direita fascista na pessoa de Jair Bolsonaro, a burguesia, que não consegue alavancar a terceira via golpista para derrubar Lula, continuará golpeando os brasileiros e apoiará novamente Bolsonaro para terminar o serviço sujo de destruição do país.
A população brasileira precisar radicalizar e apoiar a candidatura Lula, única capaz de derrotar Bolsonaro e o Golpe de Estado implantado em 2016. Ao lado da estabilidade de Lula nas pesquisas, de sua indicação nefasta para Alckmin como vice de chapa, do cerceamento da imprensa, o povo brasileiro terá que enfrentar mais uma CPI golpista cuja intenção é atacar Lula e o PT.
Qual a moral que esse Congresso tem de criar outra CPI depois de todo aquele espetáculo ridículo que foi a CPI do Covid, que não puniu ninguém, nem sequer pressionou o governo federal para salvar mais vidas no auge da pandemia? Na apuração da CPI, ficaram provadas atitudes irresponsáveis, descasos, omissões, superfaturamento na compra e atrasos intencionais na distribuição das vacinas. Um horror, um crime contra o povo brasileiro.
O panorama para a candidatura de Lula deslanchar nessa campanha presidencial está muito difícil, pois a burguesia não estancará as diversas tentativas de manipulação e golpe como sempre fez e vem fazendo com o apoio dos meios hegemônicos de comunicação e da manipulação e corrupção das instituições burguesas, todas elas a serviço da permanência de Bolsonaro no poder, sobretudo se não houver uma viabilidade competitiva da terceira via, que também carrega o nefasto projeto de destruição dos direitos dos trabalhadores e a entrega total do patrimônio nacional ao capital financeiro internacional.