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"Para de mimimi"

Gleisi sobre pressão dos bancos: “não vamos fazer estelionato”

A presidenta do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann, se colocou de maneira firme em defesa das pautas dos trabalhadores, contra o chamado "mercado"

Após o segundo turno, Lula não fez qualquer aceno ao “mercado”, como quer os especuladores. Até agora, após as nomeações para a equipe de transição, que incluíram uma gama de neoliberais, mas também de pessoas ligadas ao presidente eleito, todas as declarações do petista vão no sentido de garantir o prometido na campanha, as reivindicações mais imediatas dos trabalhadores, com recomposição do Bolsa Família pelo valor do atual auxílio com aumento, e de programas na saúde e educação, além de sinalizar o aumento do salário mínimo mas, no primeiro ano, com aumento real ainda muito insuficiente (1,3%). A equipe de transição, a princípio, não será um parâmetro para determinar o que Lula pretende fazer em seu governo.

A partir daí, a imprensa burguesa vem buscando pressionar o presidente eleito com tudo, e num tom que sobe a cada dia. Primeiro, pedindo um ministro da Economia ortodoxo (neoliberal) e questionando a verba pedida pelo futuro governo para cumprir suas promessas, de R$200 bilhões acima do teto de gastos, ao ver que suas demandas caíam em ouvidos moucos, começou a atacar o presidente. A aparente lua de mel “antibolsonarista” se tornou um campo de batalha, e ataques de baixo nível, como tradicional da imprensa golpista, retornaram à ordem do dia.

Manipulações e como respondê-las

A última manobra da burguesia são as manipulações de mercado. Vendo que toda a pressão de imprensa, apenas, não está surtindo o efeito desejado, apesar de terem conseguido afastar Guido Mantega (ex-ministro desenvolvimentista de Dilma) da equipe de transição, começaram a brincar com o valor do dólar e as cotações da Bolsa, levando a flutuações, altas do dólar e baixas na Bolsa, que se revertem parcialmente no dia seguinte, mas são usadas para buscar dar uma base real às críticas da burguesia.

Face a esse verdadeiro “piti” do “mercado”, com flutuações artificiais que recebem destaque diário nas páginas do monopólio da imprensa golpista, Lula deu declaração categórica na terça-feira. Mais tarde nessa semana, a presidenta do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann, desenvolveu no mesmo ponto, e se colocou de maneira firme em entrevista ao portal G1

“Esse pessoal não vai mudar o que fizemos na campanha. Não vamos fazer estelionato eleitoral. Para de mimimi”, afirma. “Esse mercado é uma vergonha, ninguém está passando fome no mercado.”

Gleisi ainda denunciou a farsa da chamada terceira via, a direita tradicional, neoliberal. A presidenta do PT afirmou que são um setor sem votos e que querem impor sua pauta. Ainda deu declaração forte sobre o chamado “mercado”, ou seja, os banqueiros: 

“Já sabiam que ia acontecer. Nós e Bolsonaro dissemos na campanha. Bolsonaro prometeu coisa que nem podia fazer. Óbvio que [o Bolsa Família] é extratexto, vamos parar com essa palhaçada. Se quer fazer sua agenda, bota nome na praça e vai buscar voto. Eles [o mercado financeiro] estão especulando. Quer dizer que aumentar despesa com juros não tem problema, mas pelo lado do Bolsa Família tem problema? Eles que vão buscar voto, por que não se manifestaram durante a campanha? Não estamos na década de 90 que mercado é todo poderoso. Vergonhoso”.

Levar adiante o movimento que elegeu Lula

O futuro governo Lula, pelas declarações do próprio presidente e, agora, somadas às de Gleisi Hoffmann, demonstra estar alinhado mais à esquerda. Outras pessoas de destaque nos movimentos dos trabalhadores, como João Pedro Stédile, liderança histórica do MST, também vem dando declarações que demonstram uma virada à esquerda e uma disposição de mobilização da classe trabalhadora de conjunto. A vitória eleitoral foi garantida pela mobilização, é preciso dar continuidade à coisa.

Para que o governo Lula consiga implementar suas medidas, garantir as reivindicações dos trabalhadores e, indo além, desenvolver a economia nacional, com o fim das privatizações e investimento na economia nacional, será necessário um movimento organizado da classe operária, que garanta sustentação ao governo no choque contra a burguesia imperialista. É esse movimento, que pode, também, levar o governo a uma posição ainda mais à esquerda, para levar a cabo a revogação de todas as medidas do golpe, a reestatização das empresas privatizadas, a refundação da Petrobrás, com o petróleo 100% nacional e ainda mais. A tarefa do momento é organizar esse movimento, impulsionar essa tendência que já se mostra e garantir a posse de Lula presidente e, mais que isso, um governo dos trabalhadores.

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