Neste domingo (04), ocorreu, em São Paulo, a primeira fase da Fuvest, a principal forma de ingresso na Universidade de São Paulo (USP). Entre as 114 mil pessoas inscritas, o exame registrou 13,8% de abstenção, ou 15.835 abstenções. Na edição passada, em 2022, o número foi similar, com 13,7% de ausentes.
Semanas antes de sua realização, a prova foi marcada por uma série de polêmicas. Em primeiro lugar, mesmo com o fim concreto da pandemia da COVID-19, o vestibular exigiu a terceira dose da vacina contra a doença como pré-requisito. Sendo que, segundo relatos de jovens que compareceram ao exame, o comprovante não foi exigido.
Em segundo lugar, a quantidade de locais de aplicação da prova foi reduzida nas dezenas quando comparada à edição do ano passado. Ambos fatores que, de cara, já excluem parte da juventude de realizar a prova de maneira completamente antidemocrática, mesmo que o segundo não tenha relação com a abstenção
Finalmente, todo e qualquer tipo de vestibular serve para impedir a juventude, em especial a juventude pobre, operária, de entrar nas universidades. É imprescindível que os estudantes travem uma luta pelo fim deste, reivindicando o livre ingresso ás instituições de ensino superior.