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O PIG em campanha

Estadão prevê desastre com Lula. Agora está tudo bem, né?

Como toda o monopólio da imprensa golpista, o jornal O Estado de S. Paulo, ataca Lula, comparando-o a Bolsonaro, para defender a unidade em torno de um golpista da terceira via

Em editorial publicado ontem, intitulado “Catástrofe contratada”, o jornal golpista O Estado de S. Paulo, da mesma forma como vem fazendo sistematicamente todo o Partido da Imprensa Golpista (PIG), procura explicitar o certo nível de desespero dos “donos” do golpe de Estado ante as dificuldades encontradas, até o momento, para retomarem as rédeas do regime golpista impondo o comando da chamada terceira via no processo eleitoral.

Para toda essa direita tradicional, essa é uma questão decisiva para fazer o regime oriundo do golpe de Estado de 2016 “avançar” em direção à terceira etapa do golpe, diante da aceleração da crise histórica do capitalismo, no Brasil e em todo do Mundo.

Para tentar conduzir o leitor pelos seus temores o “Estadão” não mede esforços para encobrir a realidade e apresentá-la de acordo com sua versão fantasiosa:

“a escolha do próximo presidente da República definirá quão prolongados serão os efeitos perniciosos de uma crise política, econômica, social e moral que há mais de três anos tem sido pintada com cores vivíssimas, diante dos olhos de todos”

O reacionário jornal repete a cantilena, propagada até por alguns setores da esquerda pequeno burguesa, de que a crise seria de responsabilidade exclusiva do atual governo, do capitão fascista Bolsonaro, que ele e todo o PIG (e toda a direta golpista) ajudaram a eleger, em eleições fraudulentas em que o candidato com maior apoio popular foi condenado num processo farsa e preso ilegalmente.

O órgão que perfilou na linha de frente do golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff e que estampou centenas de capas com as armações criminosas de Moro, Dallagnol e todo o judiciário contra Lula, faz um chamado à unidade da frente ampla golpista afirmando que

“Das duas, uma: ou as forças genuinamente democráticas da sociedade superam veleidades e constroem uma alternativa responsável às forças do atraso que ora parecem triunfar, ou o País tem um encontro marcado com um desastre ainda maior do que o atual a partir de 2023”.

Para o “Estadão“, as “as forças genuinamente democráticas da sociedade” são aquelas que, sob a supervisão e comando do imperialismo norte-americano promoveram o golpe de Estado e colocar no governo o vice-golpista Michel Temer (MDB), prenderam ilegalmente Lula e levaram o País ao período de maior retrocesso nas condições de vida da imensa maioria do povo brasileiro e promoveram um brutal dilapidação e retrocesso na economia nacional só comparável à famigerada era FHC.

Nenhuma eleição pode ser considerada mais importante do que outra, pois todas são cruciais ao tempo de sua realização. Mas é possível afirmar que os riscos envolvidos na escolha dos eleitores em 2022 são de magnitude poucas vezes vista na história recente do País. Há sérios obstáculos políticos e econômicos a serem superados, como já estiveram em jogo em tantos outros pleitos. Mas, a julgar pelo que propõem os dois pré-candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto no momento, o ex-presidente Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro, nada indica que caminhos serão abertos para que o Brasil saia desse lamaçal caso um dos dois seja o vencedor do pleito em outubro.

Para impor esse enredo, de que a salvação do País estaria nas mãos daqueles que o conduziram ao abismo, encenam um ataque contra os dois candidatos que lideram, até o momento, as pesquisas, o ex-presidente Lula, o candidato dos trabalhadores, e Bolsonaro, o candidato da extrema direita, e candidato reserva de todos os golpistas, no caso de que não se deem resultados as armações da direita tradicional em torno da “terceira via”, cujo objetivo primeiro é – de fato – tirar Lula da disputa.

Como um autêntico político burguês, o jornal direitista encena até preocupação, que nunca teve com o povo brasileiro, para embelezar suas teses golpistas, destacando aspectos parciais da realidade desastrosa que eles ajudaram a promover, citando “cerca de 50 milhões de brasileiros convivem com a insegurança alimentar”, o número de desempregados… 12 milhões de cidadãos em idade economicamente ativa sem trabalho no País” e até a “inflação renitente” e os “juros em ascensão”. Nada poderia ser mais cinico da parte de um porta-voz dos que defenderam todas as medidas do golpe que aceleraram o retrocesso e que são ferrenhos advogados, entre outros, da política de preços nas alturas da Petrobrás para favorecer os especuladores internacionais e da ditadura dos bancos, inclusive com a “autonomia” do Banco Central, que impõe ao povo brasileiro taxas de juros que nos colocam atrás apenas da Rússia, cercada por todos os lados pelo imperialismo (e que bravamente o enfrenta, neste momento).

Os que elegeram Bolsonaro para derrotar o candidato reserva de Lula, em 2018, e que aplaudiram a prisão criminosa de Lula tentam, sem base na realidade, traçar um sinal de igual entre os dois candidatos, tendo como alvo real o ex-presidente, a quem gostaria de ver substituído na disputa, no segundo turno, como representante do inexistente “campo democrático” um serviçal da ditadura dos bancos e do imperialismo.

Para isso, apresentam um “modelito” do candidato em torno do qual pressionam para que a burguesia golpista e seus principais partidos se unam:

“um líder moderno, atinado com a agenda política, social, econômica e ambiental do século 21. Um conciliador. Alguém que pense o futuro com responsabilidade, empatia e espírito público. Ou seja, alguém que ainda está por se fazer conhecido”

E a isso, os espertalhões e tolos chamam de “imprensa democrática e livre”, nada poderia ser mais falso.

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