Enquanto os bancos sufocam o ensino público, barrando investimento estatal por todos os meios — desde o lobby nas casas legislativas, até o próprio golpe de Estado de 2016 e a fraude eleitoral de 2018, que impuseram ao Brasil, no caso da educação, por exemplo, o congelamento de gastos públicos por 20 anos — as privatizações seguem. O que vemos no momento, contudo, é a inserção de conglomerados estrangeiros, imperialistas, nesse mercado antes monopolizado por empresas nacionais, os chamados tubarões do ensino.
Então, a educação, de uma mercadoria, como já é tratada pelo empresariado, passa a ser mais um ponto de exploração da riqueza nacional não só pelos empresários e bancos, mas pelo imperialismo, e um ponto de inserção direta da ideologia imperialista nas escolas. Se a campanha antinacional feita indiretamente pela pressão sobre as universidades já chega às escolas, com o controle institucional direto dos abutres golpistas, serão instituições de ataque ao País.
Estudantes lincham o irmão do presidente Gabriel Boric
— PCO – Partido da Causa Operária – (M) (@mpco29) September 1, 2022
Manifestantes estudantis bateram no irmão de Boric, Simón Boric, que é assessor de imprensa da Universidade do Chile, durante um protesto em defesa da educação.
Confundiram com o presidente? pic.twitter.com/YDRWv3BzAz
Enquanto o povo sofre com falta de professores, falta de infraestrutura física nas próprias escolas, falta de refeições de fato, que garantam uma alimentação de qualidade, ainda mais nesse momento de fome generalizada no Brasil, a burguesia busca a carniça do País. Como verdadeiros abutres, falam em cobranças no ensino público, em sistemas de privatização dita democrática, como o sistema de vouchers, uma farsa total para dominar e especular com o ensino, um serviço fundamental, utilizado por milhões de brasileiros.
A única forma de barrar mais este ataque, mais essa exploração, é com o fim do ensino pago. As escolas devem ser todas públicas para que não haja um ensino para o rico e outro para o pobre, de modo a assegurar a qualidade da educação a toda a classe operária e barrar a influência de setores estranhos aos interesses dos trabalhadores brasileiros, interesses estes que buscam ver nosso povo escravizado e nosso País como um exportador de produtos básicos, sem grau de complexidade industrial, condenado ao atraso.
Na luta organizada, com greves dos profissionais da educação e estudantes é onde barramos tal ofensiva, e mais que isso, na luta política. Junte-se ao PCO, à Corrente Sindical Nacional Causa Operária, no setorial Educadores em Luta, e à Aliança da Juventude Revolucionária, o coletivo de juventude do PCO.