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Eleições na França

É um erro pensar que Marine Le Pen é o mal maior

Grande parte da esquerda mundial adotou a postura antimarxista de apoiar candidatos pró-imperialistas como justificativa para impedir o chamado "mau maior"

A política de terra arrasada contra os trabalhadores e as massas popular da França, implementada pelo presidente direitista Emmanuel Macron, desde que quando saiu vitorioso nas eleições de 2017, provocou, nesses cinco anos de governo, um enorme repúdio popular expresso em grandes jornadas de luta protagonizadas pelos trabalhadores franceses e os demais setores atacados em suas condições de vida.

O presidente representante do setor mais abertamente pró-imperialista da economia – os bancos – aplicou o receituário neoliberal de forma ostensiva contra as massas, que responderam com greves e protestos ao longo de todo o mandato de Macron. O ataque mais acintoso e antipopular de Macron se deu sobre as aposentadorias e também sobre a as leis trabalhistas, o que despertou uma enorme revolta popular em toda a França entre trabalhadores do setor público e privado.

Neste cenário, já vinha ocupando espaço, desde as últimas eleições em 2017, a candidata da extrema direita francesa, Marine Le Pen, que, ostentando um discurso demagógico mas com apelo popular, atraiu para suas hostes um enorme contingente de setores descontentes, atacados pelas políticas antipopulares do presidente banqueiro. 

O crescimento de Marine Le Pen, dessa forma, assustou os “democratas” franceses, que já não é de hoje fazem apelos no sentido de que se faça o que for possível e necessário para evitar a chegada da extrema direita ao governo. A candidatura de Le Pen, no entanto, vem cada vez mais crescendo junto às camadas populares, o que já é a expressão, independente do resultado eleitoral, da enorme crise política na qual está imerso o regime político francês, com grande repercussão em todo o velho continente, na medida em que a França é, juntamente com a Inglaterra e Alemanha, o país mais importante do bloco europeu.

De todos os lados da direita, passando pelo centro e indo até a esquerda, os apelos são dramáticos no sentido de que se forme uma espécie de “frente única anti Le Pen”, caracterizada como o “mal maior”, e , portanto, o setor que deve merecer todos os esforços para ser derrotado nas eleições. Mas será mesmo a candidata da extrema direita a representante do “mal maior”? Não, absolutamente não!

Se há um “mal maior” nessas eleições francesas ele não está representado em Le Pen ou em alguma outra candidatura que disputou o primeiro turno, mas justamente na candidatura burguesa e pró-imperialista de Emmanuel Macron, o atual presidente que em cinco anos empurrou o país para o caos com políticas de aberto favorecimento às classes privilegiadas, à burguesia francesa, provocando a reação irada da população. As reformas da previdência e trabalhista propostas por Macron logo no início do seu primeiro mandato levaram às ruas mais de 500 mil manifestantes em diversas regiões do País.

Trata-se, afinal, de uma política completamente descolada da realidade a ideia de que nessas eleições cujo segundo turno ocorre no dia 24 de abril a luta é do bem (Macron) contra o mal (Le Pen), a luta contra o “mal maior” e que o eleitorado tem o dever de livrar a França das “trevas”. Le Pen, neste sentido, está longe de representar o “mal maior”, pois embora seja a representante dos setores mais direitistas, não é candidata apoiada pelo imperialismo e pelos demais setores decisivos da economia europeia. Este candidato tem nome (Emmaneul Macron) e responde aos interesses dos bancos e demais setores oligárquicos da burguesia francesa e do velho continente

 

 

 

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