Nos últimos dias, com a chegada do segundo turno das eleições deste ano, uma série de pesquisas eleitorais estão sendo divulgadas por diferentes institutos nacionais.
O Ipesp, nessa terça-feira (25), por exemplo, colocou Lula com 53% dos votos válidos e Bolsonaro com 47%. Na margem de erro, de três pontos percentuais, os candidatos estão tecnicamente empatados. A pesquisa da Genial/Quaest, divulgada na manhã dessa quarta-feira (26), registrou os mesmos números, mas com uma margem de erro de dois p.p.
Já o Instituto Paraná Pesquisas indicou uma diferença menor ainda entre os candidatos. Lula teria 50,2% das intenções de votos válidos contra 49,8% de Bolsonaro, uma diferença de apenas 0,4%. Mais uma vez, segundo a margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais, os resultados apontam para um empate técnico, com Bolsonaro podendo, inclusive, estar acima de Lula.
O primeiro turno já deixou claro que as pesquisas eleitorais servem não para mostrar a realidade da votação, mas sim para transmitir determinada política, pintar o quadro que os institutos de pesquisa querem mostrar. Afinal, antes da primeira votação, Lula aparecia na frente por cerca de 15% dos votos válidos, diferença que, nas urnas, caiu para 5%.
Foi uma manipulação que, à época, serviu não só para desmobilizar completamente a base de Lula por meio da política equivocada do “já ganhou”, como também para frear a enorme votação que Bolsonaro e seus candidatos receberam em todo o Brasil. Agora, não é diferente.
Finalmente, a burguesia está preparando um golpe contra Lula para eleger Bolsonaro. Não é à toa que, na última semana, milhares de denúncias de coação eleitoral por parte de empresários, que obrigaram seus funcionários a votar em Bolsonaro, vieram à tona. Sem contar na atuação do judiciário que, antes, caracterizava o atual presidente como um verdadeiro demônio na terra, mas que, agora, lhe beneficia contra Lula.
Fica claro que os principais setores da burguesia estão com Bolsonaro e que, portanto, sua campanha possui um enorme aparato à sua disposição além da sua parcela do Executivo, que rendeu-lhe bilhões de reais em auxílios que serviram para comprar votos.
Nesse sentido, ao que tudo indica, as pesquisas já divulgadas serão utilizadas justamente para justificar uma eventual vitória de Bolsonaro por meio da manipulação da burguesia nas eleições. A situação está muito mais acirrada do que se aparentou em um primeiro momento.
Por isso, é imprescindível que a mobilização por Lula Presidente não só continue, como também cresça cada vez mais. Todos os militantes da esquerda, os sindicatos, os movimentos sociais, os partidos políticos e, de maneira geral, todas as forças progressistas no Brasil devem tomar as ruas e só sair de lá quando Lula for eleito.
É preciso entregar milhões de panfletos nesta reta final e, acima disso, conversar com o povo principalmente dos bairros mais pobres em todo o País. Essa é a base fundamental de Lula, a principal parcela da população que deve compor a sua campanha.
Para tal, é necessário organizar uma verdadeira máquina de mobilização que consiga levar a militância da esquerda às portas de todas as casas de todos os bairros operários em âmbito nacional. Essa é a única forma de garantir que Lula seja eleito e, acima disso, que a classe operária brasileira derrote a burguesia com base em sua própria mobilização.
