Mais de 2 meses após a revelação de que a Ucrânia mantinha em funcionamento laboratórios biológicos militares, o Ministério de Defesa da Rússia imputou a responsabilidade dessas operações para os líderes do Partido Democrata. O “mal menor”, como diziam alguns esquerdistas em relação à eleição de Biden, se mostra a cada dia como um mal muito maior do que o falastrão Trump.
A ação dos Democratas na Ucrânia
Em primeiro lugar, é importante lembrar que o golpe de Estado na Ucrânia, assim como o brasileiro, ocorreu durante os governos da chapa Obama/ Biden. Eleito com o apoio do capital financeiro e camuflado com a roupagem identitária, Obama alimentou as ilusões de diversos setores populares e de esquerda nos Estados Unidos e até em nível mundial. Porém, a realidade do seu governo contrastou acentuadamente com as expectativas criadas.
Como denunciou Edward Snodew, o programa de espionagem em massa foi ampliado sob o comando dos Democratas. Além de uma verdadeira avalanche de golpes na América Latina e outros continentes, o imperialismo norte-americano impulsionou as milícias de extrema-direita, incluindo as nazistas, para derrubar o governo Yanukovych.
Como denunciado pelo Ministério de Defesa da Rússia, os Democratas estiveram à frente da criação da base legislativa para que o financiamento dos experimentos biológicos tivesse participação do orçamento dos Estados Unidos. Inclusive o controle desses investimentos estaria sob controle dos caciques do partido, através da Fundação Clinton, da família Rockefeller, de George Soros e de Biden.
Biotecnologia militar
Como não poderia deixar de ser na atualidade, a ação também contou com a participação de ONGs. Segundo a denúncia, além de receberem essas verbas do orçamento norte-americano, essas ONGs ainda ajudaram a financiar as campanhas eleitorais do Partido Democrata.
A documentação encontrada pelos russos dá conta de que 3,5 mil amostras de soro sanguíneo coletadas de pessoas de 25 regiões da Ucrânia foram exportadas por epidemiologistas militares do Instituto de Microbiologia da Bundeswehr. O instituto é uma instalação militar das Forças Armadas da Alemanha, integrante da Otan, o que confirma o caráter militar das pesquisas desenvolvidas nesses laboratórios.
Segundo o Ministério de Defesa da Rússia, as informações coletadas confirmam “a implementação pelos Estados Unidos de um programa ofensivo biológico militar no território ucraniano com o objetivo de estudar a possibilidade de disseminar epidemias controladas em determinadas áreas”.
Ucrânia como quintal do imperialismo
Como todo golpe de Estado impulsionado pelo imperialismo, o objetivo é colocar os países sob as ordens dos governos imperialistas, em primeiro lugar, o dos Estados Unidos. O desenvolvimento do processo golpista acaba estabelecendo um determinado nível para esse controle. No caso da Ucrânia, fica explícito que os golpistas ucranianos não impuseram nenhum limite para o imperialismo.
Entre outras proezas, permitiram transformar o país em um acampamento para o treinamento militar da extrema-direita de diversos países, pesquisar e produzir armas biológicas contra a Rússia e entrar na Otan, o que implicaria em instalar bases militares norte-americanas próximo à capital russa.
A cada novo fato trazido à tona, fica mais claro que a Rússia agiu corretamente ao decidir pela invasão da Ucrânia. Ao contrário do que dizem os monopólios da comunicação, acompanhados por setores da esquerda pró-imperialista, não se tratou de nenhuma violação de soberania mas de uma ação defensiva que pode ter evitado um número gigantesco de mortes.